Artista denuncia especulação imobiliária em SP, no Museu da Imigração
Exposição tem obras de Alexandra Ungern e Heloisa Lodder

O Museu da Imigração inaugura, neste sábado (23), a exposição Deslocamentos da Memória. A partir de trabalhos das artistas Alexandra Ungern e Heloisa Lodder, a mostra propõe uma reflexão sobre a preservação e o apagamento de memórias urbanas e pessoais, destacando a potência da arte como meio de resistência, documentação e reconstrução de narrativas. A curadoria é de Rejane Cintrão.
Heloisa Lodder investiga a fragmentação e a degradação urbana, abordando o impacto da especulação imobiliária e o apagamento do patrimônio arquitetônico paulistano. A paulistana utiliza materiais como fragmentos de demolições, vistos na série Tridimensionalidade da memória. Sua produção abrange fotografia, videoarte, performance e objetos.
Alexandra Ungern parte da história de sua família para revisitar as experiências de imigração da Hungria para o Brasil no pós-Segunda Guerra Mundial.
A pernambucana radicada em São Paulo utiliza o processo de impressão fotográfica da cianotipia para imprimir fotografias antigas em tecidos, criando imagens que evocam tempos passados e afetos familiares. Trabalhos como Eu adorava esse tempo e Carregando memórias ressignificam objetos e imagens como guardiões de histórias.
Museu da Imigração. Rua Visconde da Parnaíba, 1316, Mooca, 2692-1866. Tem acessibilidade. Ter. a sáb., 9h/17h. Dom., 10h/17h. R$ 16,00. Até 14/12.