A utilização do termo “subdesenvolvimento” para designar países vulneráveis econômica e socialmente ganhou força a partir da década de 1930 e, principalmente, com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Esse conceito é substituído por termos como “países emergentes” ou “em desenvolvimento” a partir dos anos 80.
Com curadoria de Moacir dos Anjos, a exposição Arte Subdesenvolvida ocupa quatro pisos do Centro Cultural Banco do Brasil, incluindo o subsolo, e se debruça sobre essas cinco décadas a partir de 130 peças produzidas por mais de quarenta artistas brasileiros durante o período.
São pinturas, livros, discos, cartazes de cinema e teatro, áudios, vídeos e documentos que comentam e combatem o conceito de subdesenvolvimento. Dentre eles, dois trabalhos de Candido Portinari e obras de nomes como Hélio Oiticica, Carolina Maria de Jesus, Eduardo Coutinho, Jorge Amado e Henfil.
Há ainda duas instalações: Sonhos de Refrigerador, de Randolpho Lamonier, que reúne objetos que materializam sonhos de consumo de pessoas ouvidas na Praça da Sé, e Monumento à Fome, de Anna Maria Maiolino.
Centro Cultural Banco do Brasil. R. Álvares Penteado, 112, Centro Histórico. ☎ 4297-0600. Qua. a seg. 9h/20h. Grátis. Até 05/08.
Publicado em VEJA São Paulo de 31 de maio de 2024, edição nº 2895.