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Itaú Cultural destrincha raízes de Chiquinha Gonzaga em exposição

Questão racial é o viés utilizado para falar sobre a cantora e sua família

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 Maio 2021, 06h00
Uma sala em luzes alaranjadas exibe um telão, com formato de piano, em que um homem toca violão. Nas paredes, escritos e pinturas sobre música
Exposição de Chiquinha Gonzaga: fotos da artista e vídeos (André Seiti/Divulgação)
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A compositora e musicista Chiquinha Gonzaga (1847-1935) tem sua vida esmiuçada em uma exposição no Itaú Cultural. Um trunfo da mostra é abordar a biografia da artista por um novo viés, a questão racial. O pai de Chiquinha, José Basileu Gonzaga, era um militar e a mãe, Rosa Maria Neves de Lima, dona de casa, cujos antepassados eram homens e mulheres escravizados. Devido à cor da pele de Rosa, negra, o matrimônio ocorreu sob protestos da família paterna.

Sala no Itaú Cultural. A luz é roxa e há pinturas, telões e gravuras que remetem a Chiquinha Gonzaga
(André Seiti/Divulgação)

É possível ver as fotos dos genitores de Chiquinha por lá, bem como sua certidão de nascimento. A primeira composição da artista, Canção dos Pastores (1858), feita aos 11 anos, também pode ser ouvida na visita, bem como a famosa Ó Abre Alas (1899). Um ponto baixo da mostra é a dificuldade técnica para se ouvir depoimentos, criados a partir de escritos de Chiquinha e interpretados por artistas, como a cantora Fabiana Cozza.

Pede-se que o visitante se posicione em determinado ponto para escutar o áudio, contudo, a posição indicada não é certeira e muitas vezes a voz some. Há legendas, mas a experiência fica prejudicada. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. Terça a domingo, 12h às 18h. Até 18 de julho.

Visitas agendadas em: tinyurl.com/ydnwt2ub.

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Publicado em VEJA São Paulo de 19 de maio de 2021, edição nº 2738

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