Empresários, chefs e funcionários de bares e restaurantes fizeram um protesto na manhã desta quarta (27) na Avenida Paulista. O grupo se manifestou contra o aperto das restrições do governo à quarentena, que afetou diretamente o setor. Desde o dia 25, estabelecimentos gastronômicos não podem mais abrir aos fins de semana nem depois das 20h de segunda a sexta. As medidas valem, pelo menos, até 7 de fevereiro.
Na sexta (22), um grupo menor se reuniu nas proximidades do Palácio do Governo, no Morumbi, pouco antes do anúncio das novas regras. Em entrevista coletiva, o governador João Doria pediu na ocasião: “não protestem pela morte”.
Os cerca de 300 manifestantes desta quarta (27) se encontraram por volta das 9h na Praça dos Ciclistas, na esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista. Eles caminharam até o Masp (Museu de Arte de São Paulo). Muitos carregavam cartazes com dizeres como “queremos trabalhar” e pediam auxílio governamental. Uma intervenção com cadeiras foi feita numa das faixas da Paulista.
Participaram do protesto representantes da gastronomia como Janaína Rueda, do Bar da Dona Onça e de A Casa do Porco Bar, Mariana Pelozio, do Duas Terezas, Cafira Foz, do Fitó, e Hugo Delgado, da Taquería La Sabrosa Cocina de México. Também estiveram presentes nomes como Edrey Momo, do Grupo da Esquina e 1900, Benny Novak, de Ici Bistro e Cia. Tradicional de Comércio, e Daniel Parolin Hirata, do Hirá Ramen Izakaya.
“Não somos negacionistas. Não somos. A gente sabe que esse vírus existe. O que estamos pedindo é ajuda, inclusive, ajuda para fechar. Precisamos de ajuda com impostos, com moratória, com funcionários”, desabafa Mariana Pelozio.
O ato teve o apoio de entidades do setor como a Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e ANR (Associação Nacional de Restaurantes). “As autoridades precisam parar pancadão e festa clandestina, que são o maior problema, e não culpar os restaurantes”, defende Percival Maricato, da Abrasel-SP.
Na tarde desta quarta (27), outro protesto aconteceu na Paulista, este organizado pelo Sithoresp, sindicato que reúne funcionários de restaurantes, entre outros estabelecimentos. “Não podemos fechar!”, diziam faixas levadas pelos manifestantes.
+ Assine a Vejinha a partir de 6,90 mensais
Caderno de receitas:
+ Fettuccine alfredo como se faz em Roma