Sim, a produção de MasterChef Brasil está à toda. A quarta temporada estreia hoje (7) e já há muita história para contar. Algumas das novidades podem ser conferidas no fim deste post, em um vídeo realizado com o trio de jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Jamile, Admiral’s Place e Cão Véio), além da apresentadora Ana Paula Padrão e do diretor do programa Patricio Diaz, o Pato. Nesta edição, a Band reservou 10 minutos para cada jornalista conversar com a equipe do show de talentos culinários mais comentado da TV aberta. É meio longuinho, mas os fãs certamente vão gostar.
Pelo papo, o que se verá nesse primeiro episódio parece que surpreenderá os jurados. Embora amadores, alguns dos participantes devem revelar conhecimento bom de cozinha e estão dispostos a surpreender com suas criações. Tanto que um dos pratos que mais chamou a atenção do avaliadores é justamente uma paella desconstruída — e sabe-se lá o que isso significa.
E abro um parênteses aqui: seria essa paella uma ousadia dos primórdios da era Ferran Adrià? Dessa época, tive a oportunidade de provar na Espanha apenas uma paella liofilizada que vinha num saquinho e tinha sido transformada em um petisco.
Voltando ao assunto, não faltam candidatos que parecem saber tudo, mas na hora de saborear os pratos nota-se que são verdadeiros desastres. Isso deve reforçar o episódio com tensão e humor. É uma das garantias de diversão e polêmica.
Nem tudo é moderno o tempo todo. Há um compilado de comidas regionais. Entenda-se por compilado três participantes que não se conhecem mas vão se dedicar a apresentação de receitas brasileiras. E é justamente um prato com a erva ora pro nobis que deve causar algum um mal-estar com a jurada sensação Paola Carosella. Fiquem de olho.
A América Latina — sim, nós fazemos parte da gloriosa América Latina — ganhará ainda reforço de dois outros participantes que, por coincidência, fazem arepas, aquele pão de milho na chapa, típico da região andina. São pessoas quem vêm da Colômbia e da Venezuela, além de um paraguaio.
Neste que é o MasterChef dos estrangeiros — há outro dois pretendentes com sotaques diferentes —, a representante da Tailândia promete chamar a atenção não só como personagem mas também como cozinheira. Teremos uma nova Jiang?
Para não haver tédio, Pato garante na entrevista que a edição deve ser dinâmica, acelerada. A ideia é reforçar a curiosidade sobre quem passará pela porta mágica, que pode projetar um candidato anônimo no mundo da gastronomia.
Esse primeiro episódio ainda não traz grandes embates, porque é uma fase de desbaste de uma penca de 75 candidatos. Muito terão de cair feito banana madura até serem reduzidos a 40. Esse número cai à metade mais, ou seja, apenas 21 ganharão avental. No meio do processo, haverá ainda uma repescagem. Ou seja, teremos muito assunto num total de 25 semanas. O reality está só começando e haja café para aguentar os resultados só no início da madrugada.
A trabalheira de pré-seleção deve ter sido imensa. Mais de 27 500 pessoas tentaram um lugar na cozinha mais cobiçada do Brasil ao se inscreverem para participar. Sabe Deus como se faz uma escolha dos pré-finalistas diante de tanta gente, mas eles foram resumidos em 75 nomes, que estarão nessa primeira audição. Desses, o mais novo tem 22 anos e o mais velho, 61 anos.
Com provas gravadas em sequência, para que os candidatos não tenham tempo de se aprimorar e se dedicar a outra coisa que não seja o MasterChef, o program literalmente está no ar. A equipe voou para a Serra Gaúcha, onde foi rodada a primeira prova fora do estúdio. Lá, a busca foi a influência de receitas trazidas por imigrantes alemães e italianos. E se der tudo certo, o roteiro incluirá ainda uma viagem internacional.
Além do estúdio que foi remodelado, deram um tapa no prêmio que subiu de 150.000 reais para 200.000 mil reais. Claro, o troféu de campeão continua a ser entregue junto de um bônus: 1.000 reais por mês durante um ano em compras na rede de supermercados patrocinadora.