São Paulo tem alguns restaurantes com vistas de tirar o fôlego. Localizados na cobertura de espigões ou em até em prédios não tão elevados assim, oferecem panoramas deslumbrantes da capital. O mais emblemático deles continua o Terraço Itália, que cada vez mais divide a preferência do público com novatos como o Seen, Vista e Esther Rooftop.
A esse grupo vem se somar e, ao mesmo tempo, fazer uma baita concorrência o Lassù, no topo de uma torre de 32º andares cheirando a tinta fresca. Além da própria altura, o novo Edifício K1 está localizado numa das colinas de Santana. Mas é preciso esperar. A inauguração do Lassù, ou lá no alto em italiano, está prevista para 20 de setembro.
Antes de falar da culinária, é preciso revelar ainda outra peculiaridade desse restaurante italiano. O Lassù oferece um ângulo de visão de 270°, sempre de frente para a linha elevada do Metrô Santana. Mas não é só. As mesas no centro do salão ficaram sobre uma plataforma giratória com 9,20 m de diâmetro. É a grande atração e demora entre 1h15 min e 1h30 e meio para dar uma volta completa como você poderá ver
Para montar a gigantesca engenhoca de 8 toneladas a partir da usinagem de peças, que deve ficar pronta em mais 10 dias, foram necessários mais de 8 meses de trabalho. Só de parafusos foram usados 8.000. É esse tablado móvel que permite avistar ao longo da refeição do Pico do Jaraguá à Serra da Cantareira, passando pelo espigão da Avenida Paulista. Um elevador exclusivo e com entrada independente foi reservado para os clientes do restaurante.
Por trás da culinária do Lassù, que tem projeto do decorador Luiz Fernando Marmo, está um dos nomes fortes da cozinha italiana, o restaurateur Ricardo Trevisani, o Ricardinho. Formado pela “universidade de gastronomia Fasano”, onde trabalhou por décadas, e sócio do Ristorantino, o empresário não deverá defender apenas a culinária clássica italiana que sempre nortearam seus negócios. “No menu do Lassù, a Itália encontra o Brasil”, explica Trevisani. Ou seja, as receitas serão italianas com ingredientes bem brasileiros em alguns casos.
Quem tocará a cozinha no dia a dia é Lucas Figueiredo Campos. A supervisão do cardápio e a criação das receitas está nas mãos de Henrique Schoendorfer, titular do Ristorantino, nos Jardins. O cardápio deve trazer receitas como creme brulé de queijo da Serra da canastra com cebola-roxa caramelada, fregola nordestina (a tradicional massa da Sardenha, em forma de grãos na companhia de carne-seca, jerimum, manteiga de garrafa e castanha-de-caju), risoto vegetariano de arroz carnaroli, queijo mascarpone e legumes orgânicos e tiramilassu, tiramisu em versão com frutas vermelhas.
No térreo do Edifício K1, vai funcionar o Espaço de Arte Lassù. Enquanto aguarda pelo elevador que conduz ao 40º pavimento, o cliente poderá ver mostras de artistas consagrados. A primeira terá doze fotos de Rubens Kato, sob o olhar do Chef Rodrigo Oliveira pela Zona Norte, em particular a Vila Medeiros. Os preços das obras variam de 3.000 reais a 4.500 reais, com o valor arrecadado a ser revertido a uma ONG.
Por enquanto em projeto, o Lassù deve ter também um bar parcialmente ao ar livre no piso superior ao do restaurante — sim, existe uma área em cima da sala de refeições. Mas esse espaço não tem data definida para sua conclusão.
A conferir.
Lassù.
Rua Conselheiro Saraiva, 207 (Edifício K1, 32º andar), Santana. Instagram: @lassu_ristorante.
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