Nesta semana, circularam rumores de que o La Brasserie Erick Jacquin fecharia as portas. Seria um abalo no mundo da alta gastronomia. Para se ter uma ideia, o restaurante de culinária refinada foi premiado quatro vezes pela edição especial “Comer & Beber” como o melhor francês de São Paulo, a última delas no ano passado.
De imediato, liguei para Erick Jacquin, que desmentiu os boatos. “Não vou fechar”, garante o cozinheiro que levou para casa o título de chef do ano em 2000. “Continuo em Higienópolis até achar um ponto. Quero me transferir para o Itaim. Se não, para os Jardins.”
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O cozinheiro avalia que um de seus piores problemas está na localização. “Com a cidade entupida de carros, não dá para circular. Se alguém demora uma hora e meia para chegar ao restaurante, acaba desistindo de vir.” A proximidade com o Estádio do Pacaembu também seria mais um dificultador. “Se tem um jogo do Corinthians aqui do lado, trava tudo.”
Outro motivo que teria levado Jacquin a desistir do imóvel de Higienópolis está no inflacionado valor do aluguel. O chef não quis revelar a quantia, mas fontes do mercado estimam uma mensalidade entre 40.000 e 45.000 reais. “Não é um aluguel barato, como não são os alugueis em São Paulo”, desconversa.
Jacquin assegura que seja no atual endereço, seja em outro bairro da cidade, ele continuará a fazer alta cozinha. “Minha comida será sempre delicada”, afirma. “Ainda sou novo e tenho muita vontade de cozinhar.”