Quem diria. Embora tenha dito várias vezes que não pretendia ter mais um restaurante para chamar de seu, o chef Erick Jacquin, que ficou famoso em todos os cantos do país por sua participação no reality MasterChef Brasil, quebrou a promessa. “Vou abrir um restaurante”, diz. Mas o novo negócio que o cozinheiro deseja não fica em solo nacional.
Embora diga que não nem passar por sua cabeça deixar o Brasil, Jacquin vê a oportunidade de montar uma casa com sua assinatura do outro lado do Atlântico. “Quero ter um restaurante em Paris”, conta cheio de entusiasmo. Essa empolgação vem do fato de que cada vez que o chef está em algum estabelecimento da capital francesa e posta algum vídeo nas redes sociais, ocorre um fenômeno. “Aparece um monte de brasileiros interessados em provar minha comida”, revela.
O projeto é inaugurar um bistrô para receber os fãs que passeiam pela capital francesa. “Paris é a cidade que mais recebe turistas no mundo, entre eles muitos brasileiros”, acredita o chef, embora pesquisa realizada pelo Euromonitor International em 2017 indique Paris como o sétimo destino favorito do planeta e a segundo mais procurado da Europa depois de Londres. Aliás, o que está longe de ser pouco.
“Teremos ingredientes locais e vinhos nacionais”, brinca. Ele adianta que está de olho em um ponto próximo à Rue Montorgueil, no 2º arrondissement, o menor bairro da cidade, também conhecido como La Bourse, já que lá fica a Bolsa de Valores francesa.
Na minha última visita a Paris, aluguei um apartamento justamente em uma travessa dessa rua para pedestres, que combina um coquetel de agito e tradição. Entre outros estabelecimentos, lá se encontra aquela que é considerada a mais antiga confeitaria parisiense, a Stohrer, em funcionamento desde 1730. Num dos extremos da Montorgueil, a Rue du Nil, fica o modernex Frenchie, do chef Gregory Marchand, que trabalhou com Jamie Oliver, em Londres. “É o Baixo Augusta de Paris”, compara o chef.
O que está faltando para o projeto decolar? “Preciso de mais investidores. O aluguel é barato, mas o ponto, caro”, explica Jacquin, eufórico com a possibilidade de voltar à terra natal, agora como patrão. “Certamente, contaremos com profissionais brasileiros no salão e na cozinha, já que muita gente está vivendo lá. Será um cantinho francês para receber pessoas do Brasil.”
Em São Paulo, o chef revela que está se desligando oficialmente, a partir deste sábado (28), do Tartar&Co, bistrô do qual era consultor. Sai com ele seu empresário George Henri Foz, que fazia parte da sociedade. O negócio continua nas mãos do fotógrafo Claudio Elizabetsky, do irmão dele, Cassio, e de Marcos Farid Yazigi. Na cozinha, o comando permanece com Mirian Candiani, que já trabalhava em parceria com Jacquin.
“Depois de cinco anos, o Erick deu a contribuição que poderia dar. O lugar está bem montado e funcionando direitinho”, garante o ex-sócio. Foz também lembra que Jacquin continua assinando o cardápio do Le Bife, que se tornou um tremendo sucesso como uma steak house francesa com guarnições servidas em rodízio.
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