Depois de ficar nacionalmente conhecido por sua participação na primeira edição do MasterChef Brasil Profissionais, na Band, em 2016, o santista Dário Costa, eliminado na semifinal, avançou como cozinheiro. De chef que prestava serviço a restaurantes como funcionário, ele abriu, no ano seguinte, o Madê, negócio próprio, que desde então é um sucesso em Santos. Persistente na disputa em realities, neste ano, ele fez parte do elenco e levou o título da segunda temporada de Mestre do Sabor, na Rede Globo, comandado pelo simpatia Claude Troisgros e seu fiel escudeiro Batista. Logo depois da vitória, conversei com o campeão no meu podcast, o Cozinha do Lorençato (para ouvir esse papo revelador, clique aqui). Todo prosa, adiantou estar montando o Paru, Comida de Rua do Mar.
Finalmente, o restaurante ficou pronto e foi aberto na última sexta (11), no mezanino do novo Mercado de Peixes, na Ponta da Praia, em Santos. Mas como o próprio nome da casa entrega, nada de formalidades por lá. Trata-se de uma “lanchonete de frutos do mar”, na definição do próprio Costa. O sistema de funcionamento é dos mais manjados. Para fazer o pedido, o cliente se dirige ao caixa ou a um totem eletrônico. Quando a comida fica pronta, cabe ao freguês retirá-la no balcão. Detalhe importe: come-se a maioria dos pratos com as mãos.
“Cerca de 90% dos peixes que compro vêm aqui da região. Os 10% restantes são atum e ostras frescas de Santa Catarina”, contabiliza Costa. “Uso 80% de pesca artesanal. Os outros 20% são da parelha, a pesca intensiva feita por dois barcos, que arrastam tudo e não é legal. Mas compro só os peixes que ninguém quer como paru, abrótea, corvina, perna de moça, a cioba pequena…” Além de trabalhar com pescados frescos do litoral brasileiro — se você pensa em comer um salmãozinho, não vá –, Costa garante os complementos são quase 80% de verduras e legumes orgânicos de agricultura familiar.
Ainda não fui ao Paru — só visitarei depois de novembro, quando for lançada a edição anual Comer & Beber –, mas sei que o cardápio tem um número reduzido de itens. Não falta o sushi de peixe do dia (12 reais o par). “Neste domingo (13), estou fazendo com peixe-lua, que parece com atum. É fantástico”, diz o cozinheiro que conversou comigo durante o trajeto da balsa do Guarujá para Santos.
Complementam o cardápio ostras vivas do aquário mantido no restaurante na companhia de limão ou vinagrete de manga (12 reais a unidade), o frito do mar à maneira italiana (frutos do mar envoltos numa massa de farinha de grão-de-bico com molho tártaro e limão; 38 reais), o tuna katsu (atum empanado de inspiração nipo-havaiana com arroz de sushi, salada de repolho, molho tarê e maionese; 38 reais), além de sanduíches, caso do cachorro-quente de linguiça de peixe de produção própria com ketchup de goiaba (28 reais) e do tuna burger (atum, mussarela artesanal, maionese , ketchup de goiaba no brioche; 28 reais). Há ainda uma linha de grelhados que inclui peixe do dia “inteiro ou espalmado” (32 reais a unidade) e porções de polvo (48 reais; 180 gramas) e camarão (48 reais; 220 gramas). As pedidas na grelha vêm junto de farofa, vinagrete, pão de alho e legumes na brasa.
Fecham a refeição doces como banoffe (massa sablé, doce de leite, banana e chantili de verdade; 14,00), cheesecake de coalhada seca com calda de jabuticaba (14 reais) e tortinha de chocolate nacional 54% de cacau (16 reais). Há também uma carta de drinques, que privilegia a cachaça, montada pelo bartender Laércio Silva, o Zulu.
Mantém-se, por enquanto, em compasso de espera para ser aberto ao público o Açougue do Mar. A promessa é de que a inauguração da peixaria seja “em breve”.
A conferir.
Paru
Avenida Governador Mário Covas Júnior, 3050 (Mercado de Peixes), Ponta da Praia, Santos, tel. (13) 3261-4055.
Das 9h às 17h (fecha segunda).
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