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Blog do Lorençato

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O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Durante crise, projetos gastronômicos ficam a fogo lento

Em meio à Covid-19, empresários mudam data de inauguração ou pausam as estreias de restaurantes, bares e endereços de comidinhas

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h32 - Publicado em 3 abr 2020, 06h00
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  • Não foram só os estabelecimentos que estão em funcionamento que sofreram os efeitos da crise desencadeada pela necessária quarenta do coronavírus na capital. Como noticiei duas semanas atrás, a chef Morena Leite interrompeu a remodelação do novo ponto para o qual deve transferir o Capim Santo, também nos Jardins, sem saber se terá fôlego para voltar.

    A paralisação se estendeu a outros endereços, como o Seconda Mamma, uma extensão do megassucesso italiano Moma — Modern Mamma Osteria, da dupla Salvatore Loi e Paulo Barros. “Agora é hora de pensar no Moma. Quando passar a crise, retomamos”, diz Barros.

    Há também estabelecimentos concluídos, cuja inauguração foi adiada indefinidamente. “Estamos prontos para abrir, com a obra finalizada. Só que não sabemos quando”, diz o francês Claude Troisgros, que trouxe do Leblon para o Itaim a primeira filial do Chez Claude.

    Mudanças na crise – Claude Troisgros
    Claude Troisgros: chef está pronto para abrir o Chez Claude (DB Plus/Divulgação)

    Também está em banho-maria para estrear na Vila Olímpia a nona unidade da rede La Guapa Empanadas Artesanais, da chef Paola Carosella e do empresário Benny Goldenberg.

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    O Café Hotel, em Pinheiros, misto de cafeteria, torrefação de grãos e bar, montado por Marcello Nazareth e Rafael Berçot, sócios do Guilhotina Bar, pelo publicitário Sergio Barros e pelo especialista na bebida Caio Tucunduva, foi postergado. “Por enquanto estamos fazendo delivery de café em grão ou moído que está um sucesso”, conta Nazareth.

    A situação se repete com a Padoca Filosófica, em Pinheiros, do casal Paulo e Cláudia Abbud, do árabe Farabbud. Pronta para operar e com a equipe contratada em fase de treinamento, a padaria entrou em compasso de espera. “Se esse período se estender, a manutenção dos funcionários vai depender das medidas do governo para proteger esses colaboradores”, explica o empresário.

    Mudanças na crise – Padoca Filosófica
    Padoca Filosófica: do casal à frente do Farabbud (Romero Cruz/Veja SP)
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    Na contramão dessa tendência, o restaurateur do ano Rodolfo De Santis segue com as obras do Madame Suzette, na mesma Rua Jerônimo da Veiga, no Itaim Bibi, onde mantém outros sucessos como o Nino Cucina. “Acho que conseguiremos finalizar em mais trinta dias. Logo que passar a pandemia, estarei pronto para inaugurar”, prevê.

    Também segue sem interrupções a montagem da fábrica da cervejaria Dogma, na Mooca, cuja produção se concentra atualmente no bar de mesmo nome em Santa Cecília. “Não tínhamos opção. O galpão estava alugado e as obras, em andamento. Nossa previsão é estar com tudo pronto em maio”, acredita o sócio Luciano Silva.

    Ainda em fase incipiente, a micropadaria Zestzing, do casal Claudia Rezende e Sergio Minerbo, tem como sede um ponto de 60 metros quadrados na alameda tietê, projeto de arquitetura em andamento e equipamentos comprados a caminho. “Estamos preparados para um atraso. De toda forma, agora deve ser um bom momento para refletir sobre o futuro do negócio da alimentação”, diz Claudia.

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