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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Casa do Saulo serve culinária do Tapajós no térreo de prédio na Vila Olímpia

O chef Saulo Jennings trouxe à capital paulista a filial de seu restaurante em Santarém. Leia a crítica

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 jul 2024, 21h06 - Publicado em 12 jul 2024, 06h00
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  • Cenário de um Brasil profundo em Santarém, na região do distrito de Alter do Chão, no Pará, fica o Casa do Saulo original, cuja filial paulistana acaba de chegar à Vila Olímpia — funciona desde abril no térreo de um prédio comercial.

    Essa não é a primeira investida do chef Saulo Jennings em outros pontos do país. Primeiro, ele levou versões de seu restaurante a Belém e ao Rio de Janeiro.

    Se o imóvel comercial paulistano não combina com a atmosfera tapajônica, a ambientação do salão em dois pavimentos para 140 pessoas com muita palha pendendo do teto em um deles de alguma forma resgata o clima nortista de praia beira-rio, assim como o aquário com peixes da região que separa, parcialmente, a cozinha do salão.

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    Casa do Saulo: salão adornado com muita palha (Ligia Skowronski/Veja SP)

    Assim também é o cardápio. Saulo defende uma culinária particular, um recorte paraense que floresce às margens do Rio Tapajós. Entre os ingredientes, o pirarucu é protagonista. O peixe é usado em uma linguiça com jambu servida ao molho de tucupi com mel de abelhas nativas sem ferrão apimentado de leve mais vinagrete e farofa de farinha de mandioca condimentada com cebola (R$ 65,00). O sabor marcante é dos mais agradáveis.

    Outra entrada, os pastéis levam recheios encantadores: queijo do Marajó, camarão aviú (aquele miudinho), pirarucu cremoso de sabor rico e um pato com jambu (R$ 52,00 a porção). Ficariam ainda melhores se fossem mais sequinhos.

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    O chef Saulo Jennings: da Casa do Saulo (Ligia Skowronski/Veja SP)

    Chama-se casa do saulo o filé de pirarucu grelhado ao molho de castanha-do-pará fresquíssima com banana-da-terra e camarão-rosa (este do mar, o que faz sobrar no conjunto), tudo finalizado com a castanha torrada e cebolinha na companhia de arroz de chicória da Amazônia. Ainda melhor é o arroz caldoso de pato no tucupi finalizado com crocante de jambu. Cada um desses dois pratos custa R$ 132,00.

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    Arroz de pato no tucupi: opção da Casa do Saulo (Ligia Skowronski/Veja SP)

    As sobremesas incluem o da selva, duo de cremes de cupuaçu e de chocolate da Amazônia com farofa de biscoito de castanha-do-pará, e o delicioso tiramisu de bacuri, versão do clássico pavê italiano com creme de queijo, bacuri e biscoito molhado em café polvilhado de chocolate em pó. Saem a R$ 45,00 cada um desses doces.

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    Avaliação: BOM (✪✪✪)

    Casa do Saulo
    Rua Gomes de Carvalho, 1666, Vila Olímpia, tel. 97641-0159. Tem acessibilidade.
    Das 11h30 às 15h e 19h às 23h (sáb. almoço 12h/16h; dom. só almoço 12h/17h).  

    Confira o cardápio:

    Cardápio Casa do Saulo
    (Divulgação/Divulgação)

    Faixa de preço: $$$ (R$ 256,00 a 450,00)

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    Publicado em VEJA São Paulo de 12 de julho de 2024, edição nº 2901

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