Um dos maiores avanços dos restaurantes paulistanos foi o uso de paredes envidraçadas na cozinha. Com esse recurso, o cliente pode acompanhar a preparação de seu prato enquanto aguarda em uma mesa do salão. Entre os pioneiros a adotar a transparência, encontra-se o espanhol Don Curro. Depois, vieram casas como o chinês Ton Hoi, a rede Ráscal e muitas outras sem ser exatamente nessa ordem cronológica.
Pois é, algumas cozinhas “transparentes” começaram a me causar um incômodo, aliás, um tremendo incômodo. Explico. Em parte dos lugares que tenho visitado regularmente no almoço e no jantar, vejo chefs sem proteção na cabeça como um chapéu — entenda-se por chapéu toques (aquelas toucas brancas altas), gorros, redinhas e outros acessórios. Eles deixam os cabelos soltos. Diante do fogão, todo cuidado é pouco. Pelos e comida não combinam.
Escrevi este post justamente para destacar a postura de profissionais como o chef Marc Le Dantec, titular do Rive Gauche Cuisine, tema de minha crítica desta semana. Nas duas vezes em que estive no restaurante do Shopping Cidade Jardim, Le Dantec estava de boné. Palmas para ele!
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Dicas em vídeo
Assista ao vídeo gravado no Ráscal Itaim com a doutora Evanise Segala Araújo, da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA). A especialista explica como deve ser a higiene em restaurantes.
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