Nesta semana, VEJA SÃO PAULO publicou a reportagem de capa “Luz, câmera, eleição”, sobre a intenção dos apresentadores de TV José Luiz Datena, João Doria Júnior e Celso Russomanno de se candidatarem à prefeitura de São Paulo em 2016.
Não foi a primeira vez que a revista analisou, na matéria principal de uma de suas edições, a entrada de uma celebridade da televisão no universo da política.
Em 23 de março de 1988, a Vejinha estampava em sua capa o empresário Silvio Santos, à época dono da TVS (que depois se transformaria no SBT), que havia se filiado ao extinto Partido da Frente Liberal (PFL) para entrar na disputa pela sucessão do então prefeito Jânio Quadros.
Com o título “O que São Paulo quer do seu novo prefeito”, o texto tratava da tímida movimentação política do popular comunicador, fazia prognósticos sobre suas chances nas urnas e também discorria sobre o estilo de administrador que seria o ideal para a São Paulo da época.
Uma das fotos mostrava a fachada da mansão de Silvio, no Morumbi, e outra, o apresentador praticando mini-golfe, que seria um de seus passatempos prediletos em sua residência.
Um quadro trazia ainda uma lista de possíveis candidatos. Pelo PMDB, João Oswaldo Leiva, José Serra, Almir Pazzianotto e João Sayad brigavam pela indicação. Outros interessados eram Guilherme Afif Domingos (PL), Arnaldo Faria de Sá (PTB) e Plínio de Arruda Sampaio (PT).
Curiosamente, ainda não despontava o nome de Luiza Erundina, que acabaria indicada pelo PT e levaria a eleição, passando a governar o município no ano seguinte.