Prevista para esta manha (10), a votação do Plano Diretor de São Paulo foi adiada por falta de quórum. Para que haja sessão, é necessária a presença de ao menos 38 dos 55 parlamentares. Hoje, nem mesmo o presidente da Casa, José Américo (PT), compareceu.
Os vereadores questionam a inclusão de uma emenda que transforma o terreno ao lado do Itaquerão, ocupado hoje por cerca de 2 000 famílias do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), em Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A emenda permitirá que a área seja usada no Minha Casa Minha Vida.
Na noite de segunda, o MTST anunciou uma trégua nos protestos contra a Copa do Mundo depois que o governo federal garantiu a construção de casas pelo programa Minha Casa Minha Vida no terreno. “O ministro Gilberto Carvalho deveria vir governar a cidade. Esse acordo desmerece a politica de habitação da cidade e a inteligência dos paulistanos. Há outros movimentos de moradia que estão há 12 anos esperando a mesma generosidade”, alfinetou o vereador Police Neto (PSD).
O impasse está principalmente entre partidos que são parte da base do governo. O presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara, vereador Andrea Matarazzo (PSDB), defende que a ocupação da Copa do Povo seja discutida separadamente. “Para que contaminar o plano diretor com assunto momentâneo? Não vamos usá-lo para legitimar irregularidades”, disse.
Após reunião com o prefeito Fernando Haddad nesta tarde, os vereadores decidiram que o projeto vai para votação na próxima semana.