“Villa-Lobos das Crianças” faz homenagem ao compositor carioca
Espetáculo reúne cantigas conhecidas como "Sapo Cururu" e "Terezinha de Jesus"
Na década de 30, o compositor carioca Heitor Villa-Lobos (1887-1959) dedicou parte de sua obra à educação musical infantil. Cantigas conhecidíssimas como “Ó Ciranda, Ó Cirandinha”, ”Sapo Cururu”, ” Terezinha de Jesus” e “O Cravo Brigou com a Rosa” integram “Guia Prático”, uma coletânea da época com 137 arranjos criados por ele.
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Esses e outros temas compõem o repertório do encantador espetáculo Villa-Lobos das Crianças, que tem direção-geral de Iacov Hillel e direção musical de Carlos Bauzys. No palco, Viviane Godoy (piano), Klayber Varela (clarinete e flauta), Daniel Rocha (violão e cavaquinho) e Silvana Razzante (fagote) se unem aos atores-cantores Ricardo Monastero, Julia Duarte, Fábio Saltini e Izabely Tomazi para interpretar as canções.
Saltini assume a tarefa de animar a plateia com brincadeiras. Em “A Canoa Virou”, ele faz uma dobradura de papel. Depois, agita no ar uma porção de cata-ventos e, ao lado do elenco, ilumina o cenário para acompanhar “O Trenzinho do Caipira”. Quando começam “Escravos de Jô” e “Sambalelê”, a criançada participa de um divertido jogo de bater palmas.
Chama atenção a atriz mirim Izabely Tomazi, de 10 anos, que arrisca algumas notas no piano e no xilofone e ainda empresta sua voz a “Minha Gatinha Parda”. Com vinte músicas, a montagem tem como maior mérito tornar o trabalho de Villa-Lobos, lembrado também em trechos de “Bachianas Brasileiras”, mais próximo das crianças. Não à toa, elas saem do teatro cantarolando as composições apresentadas.
AVALIAÇÃO ✪✪✪