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Vila para moradores de rua é inaugurada na capital; veja fotos

Unidades modulares de 18 metros quadrados receberá até 40 famílias nessa primeira fase

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 dez 2022, 12h51
Vila Reencontro
Entre as áreas comuns da Vila Reencontro está uma hora comunitária (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)
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A primeira vila destinada especificamente para receber pessoas em situação de rua foi inaugurada neste sábado (24) pela Prefeitura de Paulo. Denominada Vila Reencontro Cruzeiro do Sul, ela recebeu investimentos de 2,8 milhões e receberá inicialmente até 40 famílias, num total de 160 pessoas.

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Tratam-se de estruturas modelares de 18 metros quadrados cada. As unidades são entregues já com de cama de casal, berço ou beliche, banheiro, fogão de duas bocas, geladeira e guarda-roupas. Existes ainda áreas comuns, tais como playground, cozinha, lavanderia, refeitório, estacionamento para carroças –muitas das pessoas trabalham na coleta de material reciclável para se sustentar–, bicicletário e uma horta.

Vila Reencontro
Vila Reencontro (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

Elas foram montadas em um terreno de 30 000 metros quadrados no Canindé onde funcionava a CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), antecessora da SPTrans, empresa que gerencia o transporte público na capital.

Antes de serem entregues as estruturas receberam pinturas de 12 grafiteiros. Segundo o designer Marcelo Zuffo, 51 anos, também grafiteiro e professor de artes, o coletivo foi convidado após o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Júnior, conhecer o trabalho dos artistas independentes feito nas unidades do Sefras (Serviço de Assistência dos Franciscanos).

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Vila Reencontro
Casinhas receberam cama, berço ou beliche (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

O projeto gráfico encomendado obedece às diretrizes do projeto, sendo a principal delas o conceito de “housing first” (moradia primeiro). “É a relação da moradia como dignidade e a reintegração das famílias. E estamos mostrando como as famílias começam a ter essa reintegração e começam a ser reinseridas na sociedade, além de mostrar como é a relação de cada uma com a casa”, explica Zuffo.  A curadoria foi de Thiago Bender.

As unidades serão destinadas a famílias de até quatro pessoas. Cada um poderá permanecer por um período determinado, entre 12 meses a 18 meses. Cada unidade tem custo estimado de cerca de 70 000 reais. Como as unidades são modulares, elas podem ser agrupadas para comportar mais integrantes.

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A intenção da Prefeitura de São Paulo é a de investir 550 milhões de reais para atender a população em situação de rua. O projeto da vila não é o de apenas oferecer moradia. No local eles terão acompanhamento de assistência social e cursos profissionalizantes para que se capacitem e consigam um emprego. O conceito é de ser um espaço transitório, até que os moradores tenham autonomia para se sustentar.

O espaço de 30 000 metros quadrados tem capacidade de receber até 270 casas modulares e abrigar um total de 1 080 pessoas. A prefeitura não divulgou quando será feita a ampliação do serviço.

Vila Reencontro
Entre os equipamentos das áreas comuns estão playground, bicicletário e refeitórios (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

Os moradores também receberão café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Uma entidade será responsável  pelo gerenciamento, porém, os próprios moradores serão convidados a fazer a cogestão para limpeza e organização das áreas.

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