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OLÁ,

Uso de bodycams pela PM de São Paulo reduz confrontos em 87%, diz SSP

Uso da tecnologia também fez com que casos de resistência durante abordagens caíssem 32,7%

Por Clayton Freitas
10 abr 2022, 14h46
PMs com câmeras corporais
Estudos já comprovaram que uso das câmeras corporais diminuem letalidade em ações policiais em São Paulo (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
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Dados divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) neste domingo (10), indicam que o uso das bodycams pela PM reduziu os confrontos em 87% e também são o motivo para a queda de 32,7% nos registros de resistência durante as abordagens.

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As bodycams são câmeras portáteis que os policiais militares usam acopladas nos uniformes.

A reposta da Polícia Militar do Estado de São Paulo veio logo após as críticas do ex-ministro da Infraestrutura do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), aos equipamentos.

Em uma entrevista para o site Money Report no dia 1º de abril, Freitas, que é pré-candidato ao governo estadual, afirmou que os equipamentos são uma ameaça os agentes.

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Na mesma entrevista, ele também disse que o governo paulista faz acordo com o crime organizado, o que suscitou a ira de todas as polícias e levou a gestão do governador Rodrigo Garcia (PSDB), a dizer que o republicano fez ilações “descabidas e irresponsáveis”.

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A nota deste domingo não cita o ex-ministro. Ela menciona que as câmeras contribuem “diretamente para ampliar a segurança dos policiais em serviço”, o que contradiz o discurso do ex-ministro de Bolsonaro.

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Sem detalhar os números, a SSP informa que nos últimos três anos, de 2019 a 2021, as ocorrências de resistência às abordagens policiais caíram 32,7% nos batalhões que utilizam os equipamentos. Trata-se de uma retração maior do que aqueles que não dispõem do equipamento, que apresentaram uma queda de 19,2% no mesmo período.

Outro dado estatístico é o de que naqueles batalhões que usam a tecnologia, houve uma queda de 87% das ocorrências de confrontos, resultado que, segundo a pasta, é dez vezes maior do que nas unidades que não dispõem das bodycams.

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A secretaria informa ainda que apesar de estar comumente associada à redução de letalidade policial, as câmeras corporais se mostram “um importante instrumento de defesa e segurança do policial”.

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“Mais do que o efeito dissuasor das COP frente aos criminosos, a tecnologia embarcada nos dispositivos utilizados pela PM paulista, que permite transmissão de áudio e vídeo em tempo real, bem como a localização via GPS, garante uma análise detalhada do cenário de atuação dos policiais em situações de risco e/ou emergência”, informa a nota.

Ainda segundo a SSP, houve avanço de 41,4% nos números de flagrantes e de apreensões de armas de fogo nos batalhões que usam as câmeras, quantidade bem maior do que os 12,9% naqueles desprovidos da tecnologia.

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