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OLÁ,

Chikungunya já atinge um em cada quatro distritos de São Paulo

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, este ano já foram confirmados 41 casos de transmissão local da doença

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 14h47 - Publicado em 19 nov 2016, 12h25
Aedes_aegypti - dengue
Aedes_aegypti - dengue (Muhammad Mahdi Karim/ Wikicommons/)
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Um em cada quatro distritos da cidade de São Paulo já tem transmissão do vírus chikungunya, conforme dados apresentados na sexta (18) pela Secretaria Municipal da Saúde. Nos dez primeiros meses do ano, foram confirmados 41 casos autóctones (de transmissão interna) da doença. Eles estão distribuídos em 23 dos 96 bairros, nas cinco regiões da cidade. Outros 347 casos importados foram registrados e 512 estão em investigação.

+Prazo para usar Zona Azul em papel é prorrogado até 4 de dezembroO distrito com mais relatos confirmados é o Sacomã (zona sul), com oito registros, seguido por Tremembé e Vila Maria, ambos na Zona Norte e com três casos cada um. Até o ano passado, a cidade nunca havia tido casos autóctones desse vírus.A secretaria informou ainda que foram confirmados nove casos autóctones de zika no município, além de 195 que seguem em investigação. “Apesar da queda no número de casos de dengue, temos de manter o alerta para combater o Aedes aegypti em toda a cidade. É muito importante ter esse alerta com a febre chikungunya porque é uma doença que pode trazer um quadro crônico, com sintomas que podem durar vários meses”, disse o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha.Os dados atualizados de dengue, também apresentados ontem, mostram que o número de casos confirmados da doença caiu 85% entre o ano passado e este ano, passando de 100 400 relatos em 2015 para 15 900 em 2016. As mortes também diminuíram. Foram sete vítimas neste ano, ante 25 em todo o ano passado.Para Padilha, a queda nos casos de dengue se deve a novas medidas adotadas neste ano pela Prefeitura para evitar o avanço do Aedes e maior conscientização da população no combate aos criadouros do mosquito. Entre as ações municipais estão o uso de drones para monitoramento de imóveis fechados que eram denunciados por abrigar criadouros, o uso de larvicida em pontos estratégicos da capital e a utilização do teste rápido da dengue que, segundo Padilha, possibilitou à secretaria agir de forma mais ágil nos distritos onde muitos casos eram diagnosticados pelo exame.O gestor também destacou a aprovação da lei que autoriza a entrada à força nos imóveis abandonados ou de moradores que se negarem a abrir a porta para os agentes municipais. Mesmo com a legislação, apenas oito ingressos forçados foram feitos neste ano.“Vamos manter as mesmas ações no planejamento para o próximo verão”, declarou Padilha, que disse já estar em contato com Wilson Pollara, futuro secretário da Saúde da gestão João Doria (PSDB). “Os recursos orçamentários para as medidas estão garantidos e o novo secretário disse que vai seguir o planejamento, até porque o plano está alinhado com o que prevê o Estado e o ministério.”A secretaria não quis fazer projeções sobre o número estimado de casos de dengue, chikungunya e zika para 2017, mas divulgou pesquisa feita em imóveis sobre o índice de criadouros e infestação de larvas do Aedes encontrados em imóveis paulistanos. Embora os índices de recipientes com larvas tenham caído em relação ao ano passado, a taxa de reservatórios com água parada cresceu. A maioria das larvas foi encontrada em depósitos usados para armazenar água.

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