A menos de uma semana do Carnaval, quem pretende desfilar no Sambódromo do Anhembi na sexta (20) ou no sábado (21) precisa se apressar. Apesar de treze das catorze escolas de samba do Grupo Especial anunciarem que ainda têm fantasias à venda, a expectativa é que elas se esgotem rapidamente. “Muita gente deixa a compra para a última hora, mas não sobra nada no final”, afirma Edimar Tobias da Silva, presidente da Superliga das Escolas de Samba de São Paulo e da Vai-Vai, campeã do ano passado. O preço das fantasias, cuja compra dá direito a uma vaga no desfile, varia de 130 a 550 reais (veja o quadro abaixo). No site das agremiações, é possível fazer negócio sem sair de casa. As quadras, no entanto, são os melhores locais para escolher as vestimentas, que ficam em exposição durante os ensaios, quando o samba-enredo rola solto.
Todas as escolas do Grupo Especial ensaiam de uma a três vezes por semana nesta época e a entrada custa de 3 a 20 reais. Na Rosas de Ouro, por exemplo, que chega a reunir 6 000 pessoas em seu barracão na Freguesia do Ó, o público, formado por passistas do bairro e jovens atrás de uma balada diferente, samba até de madrugada. “Não pretendo desfilar, mas venho para dançar muito”, conta a estudante de administração Gabriela Gonçalves. Dá, inclusive, para esbarrar em alguns famosinhos. A rainha da bateria, a modelo Ellen Rocche, costuma aparecer por lá. “É o meu preparo para aguentar a maratona na avenida”, diz.