Transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya, o vírus zika causa sintomas muito parecidos com os dessas doenças mais conhecidas. Quando infectada, a pessoa pode ter febre, coceira, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, nas juntas e em outras partes do corpo, além de manchas vermelhas na pele.
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O vírus apresenta um risco maior às gestantes. O período no qual as grávidas estão mais suscetíveis, porém, ainda não foi cravado. “Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus zika no primeiro trimestre da gravidez”, anunciou o Ministério da Saúde, que ressalta que o cuidado para não entrar em contato com o mosquito deve existir durante todos os noves meses.
Confira abaixo o que já foi descoberto e divulgado sobre o vírus pelo Ministério da Saúde:
COMO O VÍRUS ZIKA É TRANSMITIDO?
Até o momento, a única forma comprovada de transmissão do vírus é pelo mosquito aedes aegypti.
HÁ ALGUMA FORMA DE PROTEÇÃO?
O Ministério da Saúde indica o uso de repelentes e inseticidas. Para as gestantes, também é recomendado o uso de calças e camisetas de manga longa. Mas o mais importante é a erradicação do mosquito. Cuidados como não deixar caixas d’água abertas, manter as calhas limpas e as garrafas sempre viradas com a boca para baixo, além de lixeiras fechadas são essenciais para o combate ao aedes aegypti.
QUAL A RELAÇÃO DO VÍRUS COM A MICROCEFALIA?
O vírus foi encontrado no sangue e nos tecidos de um bebê com microcefalia que teve óbito no Ceará.
O QUE É MICROCEFALIA?
A microcefalia é uma malformação congênita, na qual o cérebro não se desenvolve completamente. Os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal – que costuma ser superior a 33 centímetros. Mas a doença não é nova e pode ter outras causas, como o abuso de drogas durante a gravidez.
MICROCEFALIA MATA?
A maioria dos casos é associada com retardo mental que pode ser melhorado (mas não curado) com tratamentos realizados desde os primeiros anos de vida da criança. “O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso”, diz o Ministério da Saúde.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
Uma medição do perímetro cefálico do recém-nascido deve ser feita em até 24 horas após o nascimento. Os casos devem ser registrados no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Durante o pré-natal, também é possível detectar a doença por meio de exames de imagem como a ultrassonografia.
HÁ TRATAMENTO PARA A DOENÇA?
Não. Porém há um acompanhamento e suporte ao longo do desenvolvimento do bebê que pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde, o ministério elaborou um protocolo de atendimento diferenciado após o surto da doença no Nordeste do país. “Este protocolo vai servir como base de orientação aos gestores locais para que possam identificar e estabelecer os serviços de saúde de referência no tratamento dos pacientes, além de determinar o fluxo desse atendimento.”