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Trigêmeos perdem pai em acidente e mãe, tia e avó para a Covid-19

Os órfãos Pedro, Paulo e Felipe, de cinco anos, estão sob cuidados do tio de 26 anos: “Fiquei sem chão", desabafou o rapaz

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 abr 2021, 12h13
Trigêmeos perdem pai em acidente e mãe para a Covid-19
Trigêmeos perdem pai em acidente e mãe para a Covid-19 (Reprodução/Arquivo Pessoal/Veja SP)
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Os trigêmeos Pedro, Paulo e Felipe, de cinco anos, que perderam o pai há cinco meses em um acidente de trânsito, tiveram a mãe, a avó e uma tia mortas por complicações decorrentes da Covid-19. A doença vitimou as três mulheres em um intervalo de apenas oito dias. As informações são da TV Tem.

Os três garotos estão agora sob cuidado de um tio, o representante comercial Douglas Junior Faria Amaral, de 26 anos, que mora em Votuporanga, no interior de São Paulo.

Sua irmã, Karina Angélica Faria, de 33 anos, tia das crianças, morreu no dia 13 de março. A outra irmã, Ana Paula Faria, de 37 anos, mãe dos trigêmeos, faleceu no dia 16. Pouco tempo depois, a mãe de Douglas e avó das crianças, Valentina Peres Machado, de 66 anos, também morreu.

“Fiquei sem chão. Não conseguia acreditar que estava passando por aquilo. Foi terrível enterrar minhas duas irmãs e minha mãe uma atrás da outra, sem poder vê-las pela última vez. Pegaram os corpos, colocaram em um caixão e enterraram”, disse Douglas à reportagem da TV Tem.

A morte de Ana Paula fez com que Douglas, que já é pai, acolhesse os sobrinhos órfãos. “Minha vida sempre foi muito organizada e planejada. Eu não tinha planos de ter mais filhos. De repente minha vida virou de ponta cabeça. Por isso, gelei, sabe? É uma responsabilidade gigante, mas minha esposa me olhou, disse que eram meus sobrinhos e decidimos que iríamos tratá-los como filhos. Hoje vejo que, realmente, os três tinham que ser nossos”, afirmou.

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Os três meninos sabem que a mãe e o pai morreram. De acordo com Douglas, os meninos o fizeram ficar forte depois da morte da mãe e das irmãs. “Eu vi motivo neles para não deitar e ficar chorando. Eles me sustentaram. Nossa vida mudou, mas vamos adaptá-la. Eu e minha esposa éramos pai de uma criança, hoje somos de quatro, e assim será daqui para frente.”

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