Prestes a colocar na rua o disco “Tropicália Lixo Lógico” — com lançamento previsto para este mês —, o baiano de Irará Tom Zé, de 75 anos, sobe ao palco com o repertório de um importante trabalho de sua carreira: “Jogos de Armar (Faça Você Mesmo)”. Lançado em 2000, o CD trouxe novas sonoridades através de “instromzémentos”, ou instrumentos criados por Tom Zé na década de 70, como o buzinório (buzinas potencializadas por tubos de PVC) e o enceroscópio (composto de enceradeiras, aspiradores de pó e liquidificadores).
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O grande mérito do álbum foi levar o artista de volta ao circuito das grandes casas de espetáculos brasileiras. Realizada em novembro daquele ano no extinto DirecTV Music Hall, em Moema, a noite de estreia do CD divertiu a plateia do início ao fim. Na ocasião, antes de o show começar (de portas abertas e sem transmitir o vídeo com as instruções de emergência), o intérprete entrou no palco abruptamente à frente da banda e executou a faixa “Passagem de Som”, que traz os versos “Alô! Tem som aqui neste microfone?”, “Quanta microfonia!” e “1, 2, 3, som, experiência”.
No Sesc Vila Mariana, além de receber o acompanhamento de teclado, bateria, baixo, guitarra e bandolim, Tom Zé carrega toda a criativa parafernália para cantar “Chamegá” e “Jimi Renda-se”, parcerias, respectivamente, com Vicente Barreto e Valdez, a autoral “Conto de Fraldas” e “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. A performance integra a Mostra Sesc de Artes, que reúne também espetáculos de teatro, literatura e outras atrações.