Tecnologia permite monitoramento de pontes e viadutos de SP
Solução inédita utilizada pela SIURB antecipa riscos e otimiza a gestão de mais de 940 estruturas da capital, gerando economia e mais segurança
Problemas em estruturas viárias de São Paulo costumam impactar fortemente a vida de quem circula pela cidade – trazendo dificuldades de mobilidade e sentimento de insegurança.
Para tentar antecipar questões estruturais e de conservação, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras da cidade de São Paulo (SIURB) tem investido em um sistema de monitoramento remoto das chamadas Obras de Arte Especiais (OAE) – que inclui pontes, túneis, viadutos e passarelas.
A solução, desenvolvida pelas empresas brasileiras Arc Mobilidade e Smart Sky inclui a aplicação de tecnologia para segurança estrutural em grande escala.
A solução permite o acompanhamento em tempo real de indicadores estruturais críticos, integrando dados de diversas fontes para prevenir riscos e garantir a segurança da população.
Rogério Rigato, Gerente de Novos Negócios da Smart Sky – hub de tecnologia e engenharia digital aplicada para cidades inteligentes – explica que a solução combina diferentes tecnologias para compor um ecossistema robusto de análise de dados.
“O projeto integra, em um Sistema de Informações Geográficas, a interpretação de imagens de radares satelitais para detectar deformações na superfície das OAEs e seu entorno, com analíticos de vídeo criados para acompanhar anomalias como trincas, e ainda levantamentos com drones e escâneres terrestres para gerar modelos BIM”.
Inteligência artificial
Além do monitoramento físico direto, a plataforma inclui uma camada inovadora de inteligência artificial que analisa notícias e redes sociais em tempo real, rastreando sinais indiretos de possíveis ocorrências estruturais reportadas por cidadãos ou cobertas pela mídia. “Tudo isso contribui para que a cidade atue de forma cada vez mais eficiente, segura e preventiva”, pontua Rigato.
O grande diferencial reside na integração de todos esses dados em uma única central operacional, instalada dentro da SIURB, que permite o acompanhamento 24 horas por dia de mais de 940 estruturas. A central, equipada com telas de alta resolução e operada por uma equipe técnica especializada, garante uma resposta ágil e estratégica diante de qualquer sinal de alerta.
“A iniciativa simboliza um novo patamar de gestão de ativos urbanos, com potencial de ser replicado por outras cidades brasileiras e internacionais. É um sistema pensado especialmente para os desafios das grandes cidades, mas também aplicável à malha rodoviária do país, visto que foi desenhado para antecipar riscos, otimizar recursos e, principalmente, proteger vidas e o patrimônio público”, afirma Ciro Imamura, Diretor da Smart Sky.
O sistema tem se mostrado essencial no apoio à gestão. Entre os casos registrados, destaca-se a detecção de anomalias no pontilhão da Rua Castelo do Piauí, em Itaquera, em fevereiro deste ano, que levou à interdição e início das obras de recuperação.
Também identificou o incêndio no viaduto Condessa de São Joaquim, sobre a Avenida 23 de Maio, ocorrido em setembro de 2024, e até movimentações ao redor da Ponte Eusébio Matoso, na Marginal Pinheiros, em maio de 2024.
Para Ayrton Junior, Sócio-diretor da Arc Mobilidade – empresa especializada em soluções tecnológicas para mobilidade urbana – iniciativas como essa são fundamentais para as cidades. “Este é um dos projetos que são indispensáveis para o nosso país e, não à toa, foi reconhecido internacionalmente.
Temos a responsabilidade de apoiar a segurança estrutural da maior cidade do Brasil, e essa iniciativa reafirma nosso compromisso com o uso estratégico da tecnologia para transformar a infraestrutura urbana.
A integração entre inovação e dados é o que permite decisões mais rápidas, seguras, inteligentes e econômicas na gestão pública”, finaliza.
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