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OLÁ,

Técnico de manutenção doa plaquetas sanguíneas na Santa Casa

Armando Braz é o maior doador deste componente do sangue para a instituição; ele já encheu mais de cinquenta bolsas, cada uma com 300 mililitros

Por Karin Salomão
Atualizado em 5 dez 2016, 14h12 - Publicado em 8 ago 2014, 23h00

Nome: Armando Braz l Profissão: técnico de manutenção l Atitude transformadora: é o maior doador de plaquetas sanguíneas da Santa Casa de Misericórdia

Formadas na medula óssea, as plaquetas são estruturas sanguíneas que agem no processo de coagulação. A transfusão desses componentes do sangue costuma ocorrer em casos de hemorragia e trauma, cirurgias cardíacas, tratamentos contra o câncer e nos próprios transplantes de medula. Apesar de elas serem extremamente úteis, seus doadores são raros. A Santa Casa de Misericórdia, na Vila Buarque, por exemplo, conta com apenas dez fornecedores regulares.

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Entre eles, o campeão absoluto é o técnico de manutenção Armando Braz, que já encheu mais de cinquenta bolsas, cada uma com 300 mililitros, em seus oito anos de visitas ao local. Sua trajetória na atividade começou em 1996, como forma de homenagear uma tia que havia acabado de morrer de câncer. “Fiz a promessa de ajudar quem sofre com a doença”, diz. Ele começou entregando seu sangue e, em 2006, ao notar a carência de plaquetas nos bancos, mudou de “ramo”. Nos últimos dois anos, suas contribuições tornaram-se mais constantes, a cada duas semanas, em média.

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A doação em si dura noventa minutos, mas o processo inteiro leva quase três horas, entre cadastro, entrevista, triagem e exames. Durante esse período, Braz assiste à televisão e conversa com os enfermeiros, vários deles seus amigos pessoais por causa do contato frequente. “O hospital é a minha segunda casa”, afirma.

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Para continuar no programa, são necessários alguns cuidados com a saúde e a alimentação, como, por exemplo, evitar carne vermelha, um de seus pratos prediletos, nos dias que antecedem a ida à Santa Casa — uma taxa alta de gordura no sangue impede a utilização das plaquetas. A maior parte de suas bolsas é distribuída na ala de pediatria, mas Braz não é informado sobre a identidade dos pacientes beneficiados. “O importante é colaborar, não quero saber quem vai receber”, diz. “Enquanto estiver sendo útil, continuarei dando a minha contribuição”, completa.

 

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