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Taxistas organizam protesto contra aplicativo de carona paga

Uber, que chegou a São Paulo no ano passado, só trabalha com motoristas que tenham carros de luxo. Tarifa é 20% maior do que a do táxi comum 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h37 - Publicado em 7 abr 2015, 18h55
taxistas
taxistas (Chello Fotógrafo/Futura Press/Folhapress/)
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Cerca de 3 000 taxistas devem participar na manhã de quarta-feira (8) de protesto contra a utilização do aplicativo Uber, espécie de carona paga. Os motoristas vão se reunir a partir das 9 horas na Praça Charles Miller, no Pacaembu, de onde devem sair em carreata até a Câmara Municipal, no centro.

A principal reinvindicação da categoria é que a prefeitura atue com mais rigor na fiscalização de usuários do Uber. O aplicativo funciona como os de táxi, conectando motoristas e passageiros. A diferença é que se trata majoritariamente de carros de luxo, que cobram até 20% a mais nas corridas.

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“Estamos discutindo a legalidade de um meio de transporte. Para trabalhar, um taxista tem que fazer curso, conseguir alvará, passar por fiscalizações constantes. São muitos encargos para exercer a profissão”, diz Natalício Silva, presidente do Sinditaxisp, que representa a categoria na capital. “Para fazer pipoca na rua tem que ter licença. Como alguém vai transportar passageiros sem nenhuma fiscalização? Compete à prefeitura inibir esse tipo de coisa.”

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De acordo com a lei, qualquer pessoa que use o veículo para transporte individual de passageiro como negócio precisa da licença, sob o risco de ter o carro apreendido. Em 2014, logo que o aplicativo chegou a São Paulo, a administração apreendeu três veículos. “É muita pouca gente para fiscalizar muita coisa. O sindicato fez uma ação com a prefeitura e apreendemos 12 carros em menos de uma semana”, afirma Natalício.

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Atualmente, o Uber pode ser utilizado em mais de 270 cidades em 52 países. Em grande parte dos locais em que foi adotado, causou a revolta de taxistas. Paris, Moscou e Bruxelas foram palco de alguns protestos, por exemplo. Em algumas cidades, no entanto, acabou sendo legalizado como em Seattle e Washington, nos Estados Unidos.

 

 

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