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Taxista realizou mais de 400 doações de sangue e plaquetas

Lucio Serrano tem como objetivo ser recordista mundial de doação de sangue

Por Alessandra Freitas
Atualizado em 5 dez 2016, 12h12 - Publicado em 8 ago 2015, 00h00
Lúcio Serrano
Lúcio Serrano (Fernando Moraes/)
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Entre uma corrida e outra, o taxista Lucio Serrano costuma estacionar o carro em endereços bem específicos. Nas últimas quatro décadas, ele foi responsável por mais de 400 doações de sangue e plaquetas em hospitais da capital. Isso representa 240 000 litros. Sua trajetória na atividade começou em 1973, quando Serrano cumpria serviço militar. “Desde então, ajudar outras pessoas tornou-se minha paixão”, conta. Por ter alto número de plaquetas no organismo (cerca de 400 000, quase três vezes mais que a quantidade média) e boa calibragem nas veias, condição que facilita a retirada do material, ele passou a ser disputado por várias instituições de saúde onde mantém cadastro. 

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“Cheguei a doar toda semana”, diz. “Hoje vou umas duas vezes por mês.” Embora o nome dos pacientes beneficiados nunca seja divulgado, ele desconfia que tenha ajudado pelo menos duas celebridades. Uma teria sido a psicóloga Maria Rita Simões, esposa do cantor Roberto Carlos morta em 1999 devido a um câncer na região pélvica, internada diversas vezes no Hospital Albert Einstein, no Morumbi. “Eu era chamado sempre que ela ia lá.” Outra seria o ex-presidente Lula. “Recebi uma ligação assim que ele chegou ao Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, em julho de 2013, para tratar de uma metástase pulmonar”, afirma. 

Contador aposentado, o profissional mora em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, e possui um ponto de táxi no Capão Redondo, na Zona Sul. Em pelo menos duas ocasiões, viveu situações com criminosos em que ele próprio quase precisou de uma transfusão: uma ao ser atacado com uma faca e a outra ao ficar sob a mira de um revólver. O fato de sair ileso dos episódios o motivou a escrever o livro As Experiências de um Vencedor (Editora Scortecci, 95 páginas,20 reais). Lançada no mês passado, a obra é oferecida a clientes. Um coração de espuma costuma vir de brinde. 

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Aos 59 anos, Serrano tem como meta completar 500 doações até os 70, quando terá de interromper a atividade voluntária, por causa da legislação. Após isso, seu desafio será recolher documentos para provar que superou a marca do americano John Sheppard, recordista do Guinness Book com 315 doações realizadas ao longo da vida.

 

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