Técnica de tatuagem que não usa maquininhas ganha adeptos na cidade
Chamado de hand poked, método que utliza apenas agulhas espalhou-se pelos Estados Unidos, Alemanha e Japão
Surgida há milhares de anos, a técnica da tatuagem sempre envolveu a utilização de um objeto pontiagudo para marcar a pele, ponto a ponto, com algum tipo de pigmento. No fim do século XIX, apareceram as maquininhas automatizadas, que dominam o mercado até hoje. Uma modalidade que remete aos primórdios da prática, entretanto, tem feito sucesso na capital.
Profissionais paulistanos usam apenas agulhas, dispensando a eletricidade, para criar os desenhos. Trata-se do hand poked, algo como “espetado a mão” em inglês. O método, que dá seus primeiros passos no país, espalhou-se também pelos Estados Unidos, Alemanha e Japão. “O resultado fica delicado, pois conseguimos dar mais atenção aos detalhes durante a produção”, afirma a tatuadora Laura Guedes, que atende em um estúdio no centro da cidade.
No ano passado, ela fazia cerca de três desenhos por semana. Agora, recebe até dez clientes no mesmo período. Laura é aprendiz de Gustavo Santamaria, um dos principais nomes da técnica por aqui. Ex-publicitário, ele aprendeu sozinho o hand poked e trabalha com a modalidade há três anos. “O procedimento é um pouco mais demorado que o normal”, diz.
De acordo com Santamaria, um desenho de 7 centímetros feito com a máquina demora de vinte a trinta minutos, enquanto o criado com as mãos leva, no mínimo, uma hora. “O método fura a pele menos vezes e, por isso, permite cicatrização rápida”, explica Rosa Laura, profissional da área. “Muitos clientes dizem que dói menos.”
Gustavo Santamaria: Instagram: @gustsantamaria. Sessões a partir de 300 reais. gustsantamaria@gmail.com.
Laura Guedes: Instagram: @lagoliv. Sessões a partir de 150 reais. lagoliv7@gmail.com.
Rosa Laura: Instagram: @rosalaura. Sessões a partir de 500 reais. handpoke.rosalaura@gmail.com.