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OLÁ,

Sula Dantas, 50 anos: faxineira do Hot Hot

"Os gays me adoram, chego em casa cheia de marcas de beijo", conta

Por Danila Moura
Atualizado em 5 dez 2016, 15h52 - Publicado em 21 jun 2013, 18h20

Salto alto, maquiagem e roupas brilhantes: esse é o uniforme da faxineira Sula Dantas, de 50 anos, no clube Hot Hot, no centro. O visual e a mania de requebrar na pista de rodo em punho a tornaram uma musa informal das festas pop da casa. Não raro é ovacionada pelo público durante as performances. “Os gays me adoram, dançam comigo e chego em casa cheia de marcas de beijo”, diz.

Nascida em Natal (RN), ela veio para São Paulo em 1982, aos 18 anos, e seu primeiro emprego foi como empregada doméstica de uma família no Guarujá. “A casa era frequentada por figurões: uma vez derrubei feijão em cima do Lélio, marido da Hebe Camargo”, conta. Trabalhou também por dois anos como babá dos filhos do casal Joseph e Vicky Safra antes de iniciar sua trajetória na noite servindo mesas em um bar no Butantã, em 1992.

Pouco depois, foi contratada pelo extinto clube Lov.e, onde decolou na carreira de faxineira-performer, incentivada pela chefe, Flávia Ceccato (hoje dona do Hot Hot). A fama angariou convites para que atuasse apenas como dançarina em outras boates, mas ela recusou. Seu pique na madrugada é mantido à base de uma dieta repleta de verduras, legumes e carboidratos. E nenhuma bebida alcoólica. “Só bebo água, detesto álcool”, jura.

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