O governo do Estado de São Paulo vai iniciar no próximo ano um novo modelo de currículo no ensino médio. O plano da Secretaria Estadual da Educação é transformar a maior parte do curso em disciplinas optativas, modelo em que os estudantes podem escolher o que vão estudar. O novo ensino médio deve começar em 2016 em um número restrito de escolas e depois avançar para toda a rede.
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A reforma dessa etapa deve transformar sobretudo os 2.º e 3.º anos, quando as disciplinas serão oferecidas para opção do aluno. Será o estudante que montará sua grade. Apenas o 1.º ano continuaria com o currículo fechado, em um “núcleo comum”, como é hoje em toda a educação básica.
A proposta está sendo finalizada na área pedagógica da pasta para ser discutida no Conselho Estadual de Educação (CEE) no segundo semestre. Deve haver a oferta de disciplinas fora da grade tradicional, como teatro, por exemplo.
Ainda não há um número definido de escolas que vão iniciar a nova grade, mas elas serão escolhidas por adesão ao projeto. Há preocupação na pasta de o modelo “travar” se for iniciado em um número muito grande de escolas ou na rede toda. Essa estratégia de adesão foi adotada no modelo de Escola de Tempo Integral, iniciado em 2011, que hoje envolve 257 escolas do fundamental ao médio.
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O ensino médio paulista tem 1,9 milhão de alunos, concentrando 42% do total de alunos da rede, segundo dados da sinopse Estatística da Educação Básica de 2014. As mais de 3 600 escolas estaduais paulistas com ensino médio têm quase a mesma quantidade de alunos na etapa que Minas, Bahia e Rio juntos. Uma das críticas recorrentes ao ensino médio é a falta de articulação com a realidade do jovem.