Um levantamento da administradora de condomínios Lello junto a 5 000 prédios residenciais constatou que os síndicos paulistanos estão mais jovens do que antes e ficam menos tempo no cargo. Até 2019 as pessoas com 60 anos ou mais eram maioria: 43%, e quase metade (48%) permanecia no cargo por até seis anos. Agora esse perfil mudou e a faixa etária predominante reúne aqueles de 46 anos a 60 anos (45% do total). Atualmente o tempo médio de permanência no cargo da maioria (52%) é de até quatro anos.
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Os dados foram tabulados pelo Data Lello, o braço de inteligência de dados da Lello Condomínios, responsável por administrar 3 000 prédios residenciais só na capital. Para fazer o levantamento, outros 2 000 empreendimentos não administrados pela empresa foram ouvidos. O número de 5 000 é relevante, já que representa um sexto dos cerca de 30 000 prédios na capital, sendo que 90% são residenciais.
“Naturalmente você observa hoje a segunda, terceira ou até mesmo quarta geração morando em condomínios. Com isso você vai tendo uma mudança geracional, e hoje você observa gestões muito mais contemporâneas e próximas às gestões de empresas. São pessoas que estão percebendo a importância do papel do síndico contemporâneo”, explica Angélica Arbex, diretora de Marketing da empresa.
Isso, segundo a executiva, explica em parte o fato de um em cada cinco síndicos serem também empresários (19%) e outros 15% serem administradores de empresas. “Por mais que a função de síndico envolva questões multidisciplinares, ela envolve muito a comunicação e gerenciamento de conflitos. Outra parte muito importante é relacionada à gestão financeira e corporativa. Então é normal que algumas profissões acabem tendo mais representantes”, diz.
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Os dados mostram que apesar de 87% dos síndicos paulistanos serem moradores de seus prédios, em 13% eles são tocados por profissionais, número que era de 11% em 2019. Quase sete em cada dez (68%) são homens, e outros 32%, mulheres. Com isso, é possível inferir que o perfil predominante é de homem com até 60 anos e empresário.
A executiva afirma que cada vez mais os moradores têm entendido a importância de uma boa gestão. “O condomínio é um ativo que, se bem administrado, rende frutos muito maiores do que se mal administrado. As decisões podem influenciar diretamente na segurança dos condôminos e valorização patrimonial”, afirma.