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Piloto paulistano Lucas Di Grassi é principal nome da história da Fórmula E

Prova de carros elétricos acontece pela primeira vez na capital; conheça um pouco mais do piloto que atua em várias frentes além das pistas

Por Clayton Freitas
Atualizado em 28 Maio 2024, 09h01 - Publicado em 24 mar 2023, 06h00
Tesouros: piloto com alguns carros que já usou na carreira
Tesouros: piloto com alguns carros que já usou na carreira  (Joel Silva/Veja SP)
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Nada de bairrismo. Quem confere ao piloto paulistano Lucas Di Grassi, 38 anos, o título de maior nome da categoria de carros de corrida elétricos, a Fórmula E, é o retrospecto de suas várias conquistas. Além de ser campeão da temporada 2016/2017, ele é o detentor do maior número de pontos (1 027), pódios (40), voltas mais rápidas (12), além de ser o piloto que disputou mais provas, 104. A centésima quinta será “em casa”, no Sambódromo do Anhembi, que recebe no dia 25 de março, pela primeira vez, uma etapa da categoria, batizada oficialmente de 2023 Julius Baer São Paulo E-Prix (leia mais abaixo). “Foram quase dez anos de trabalho para trazer a Fórmula E, e finalmente teremos uma prova em São Paulo. É algo muito especial”, afirma.

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Ex-aluno dos colégios Morumbi e Santa Cruz, Di Grassi começou no kart aos 13 anos e, aos 19, já estava na Fórmula 1. “No começo era mais uma brincadeira”, diz. Ele é o único brasileiro a estar na Fórmula E desde o início da categoria, em 2014. Diferentemente de muitos colegas de pistas, os ídolos do paulistano não são pilotos, mas sim Leonardo da Vinci e Elon Musk. Inclusive, um dos seus dois filhos chama-se Leonardo. Tal influência se reflete em suas escolhas. Autodidata — trancou o curso de economia no Insper para se dedicar às corridas —, Di Grassi sempre conciliou a profissão de piloto com outros empreendimentos, todos voltados à inovação e à tecnologia. “Comecei a estudar e a ler muito. Eu sempre me entendi como parte da solução”, afirma. Uma das primeiras iniciativas foi criar, aos 20 anos, um site bilíngue que ensinava as pessoas a dirigir poluindo menos. Mais tarde lançou a primeira bicicleta elétrica 100% desenvolvida e fabricada no Brasil com nióbio. Durante a pandemia, desenvolveu um equipamento dotado de luz ultravioleta para eliminar vírus e bactérias em veículos do transporte público. As iniciativas não tiveram continuidade pelo que ele considera burocracia do ambiente de negócios no país. Apesar disso, ainda promove o Zero Summit, um evento para discutir ideias e ações para um futuro zero carbono que estava previsto para a semana que antecede a prova de Fórmula E. As várias ações do piloto, que incluem ainda o desenvolvimento de carros de corrida comandados por inteligência artificial e um campeonato internacional de patinetes elétricos, levaram a ONU a convidá-lo para ser embaixador da entidade na causa do combate à poluição do ar.

Preparativos: última prova no Sambódromo foi a da Indy, em 2013
Preparativos: última prova no Sambódromo foi a da Indy, em 2013 (On Board/Divulgação)

320 km/h

Os carros da 2023 Julius Baer São Paulo E-Prix, a Fórmula E, que acontece no sábado (25), no Sambódromo do Anhembi, são de uma nova geração, a Gen3, mais sustentáveis e rápidos, podendo atingir até 320 km/h. A pista terá um total de 2 933 metros, divididos em onze curvas e duas retas, sendo uma delas, de 750 metros, a maior da temporada. Além de Lucas Di Grassi, que corre pela equipe Mahindra Racing, a prova terá outro brasileiro, Sergio Sette Camara, da NIO 333 Racing. Ao todo, os 22 pilotos das onze equipes irão rodar pouco mais de hora, num total de 32 voltas. A organização espera 15 000 expectadores no evento. Os ingressos vão de 150 a 1 500 reais. Mais informações no site do evento, https://www.fiaformulae.com.

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Publicado em VEJA São Paulo de 29 de março de 2023, edição nº 2834

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