Em meio à agitação do comércio do Brás, na região central, destaca-se o edifício que abriga a SP Escola de Teatro e respira história. De estilo eclético e repleto de vitrais coloridos, o imóvel foi projetado para ser uma Escola Normal, antigo sistema de ensino público, e leva a assinatura do engenheiro e arquiteto Manuel Sabater (responsável por outras obras educacionais no estado).
Desde sua inauguração, em 1913, funcionou como instituição de ensino exclusivamente feminina. Mais tarde, abrigou o Instituto de Educação Padre Anchieta. Em 1988, o predinho, de 33 salas, acabou tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).
Com instalações já deterioradas, recebeu, em 2010, a SP Escola de Teatro, especializada na formação de profissionais do setor — ela dividiu o espaço com mais projetos culturais, como a Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, até 2014. Mantida com verba estadual, oferece cursos gratuitos com duração de dois anos, entre eles atuação, cenografia e figurino, direção e dramaturgia.
Ao todo, 400 alunos passam anualmente pelo endereço. Em 2017, o edifício reabriu após dois anos de restauro, orçado em 5,4 milhões de reais. “Estava caindo aos pedaços”, lembra o diretor da instituição, Ivam Cabral.
O local possui ainda uma biblioteca especializada, com o acervo de Antônio Abujamra. Para 2020, prevê-se a inauguração, depois de alguns atrasos, do teatro com o nome do falecido diretor. Avenida Rangel Pestana, 2401, Brás, ☎ 3121-3200.