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OLÁ,

Sobrevivente diz que se fingiu de morta no dia do massacre de Suzano

Jenifer Silva Cavalcante usou cabelo ensanguentado para enganar atiradores do atentado que acabou com oito pessoas mortas na Escola Estadual Raul Brasil

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 Maio 2019, 08h32
Garota de 15 anos conta que ainda tem uma bala alojada nas costas (Reprodução/TV Globo/Veja SP)
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Uma das sobreviventes do massacre de Suzano, na grande São Paulo, a estudante Jenifer Silva Cavalcanti, de 15 anos, disse nesta segunda-feira (13) que se fingiu morta no momento que os assassinos voltaram ao local do crime para conferir se todos tinham morrido.

Jenifer levou dois tiros: um no abdômen e outro no ombro, que pegou só de raspão. Segundo o G1, a garota usou o cabelo ensanguentado pelos ferimentos para enganar os autores do atentado que matou oito pessoas no dia 13 de março na Escola Estadual Raul Brasil. “Aí eu fiquei parada, quieta. Mas o Samuel estava atrás de mim e fez barulho. Mataram ele”, afirma Jenifer.

Naquele dia, dois ex-alunos invadiram o colégio armados e atiraram contra estudantes e funcionários. Além dos oito mortos, a ação acabou com mais 11 pessoas feridas. Os dois atiradores também morreram.

Jenifer segue em tratamento no Hospital Luzia Pinho Melo, onde foi operada no dia do massacre e depois ficou sete dias internada. De acordo com a estudante, uma das balas ainda está alojada em seu corpo. “A bala feriu o intestino e ainda está alojada nas costas. Por isso estou com a bolsinha de colostomia e preciso voltar uma vez por mês ao médico para fazer exames”, diz ela.

Ao longo das investigações do caso, a Polícia Civil já prendeu quatro pessoas suspeitas de participar da venda das armas utilizadas pelos atiradores no dia do massacre. Além disso, os policiais também prenderam um menor apontado como mentor do crime. No começo de maio, a Justiça decidiu mantê-lo internado por tempo indeterminado.

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