Após a realização de uma assembleia nesta terça-feira (28), o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo decidiu realizar uma nova greve de ônibus nesta quarta-feira (29) na capital.
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De acordo com o sindicato, as empresas não atenderam demandas como horário de almoço remunerado, vale-refeição, participação nos lucros e resultados e plano de carreiras do setor de manutenção.
A paralisação terá início à meia-noite desta quarta e deve durar 24 horas, de acordo com o sindicato. A decisão foi tomada de forma unânime na assembleia realizada por cerca de 6 mil trabalhadores.
No dia 14 de junho, os motoristas e cobradores de ônibus da capital paralisaram por 15 horas, porque queriam um reajuste salarial de 12,5%. Foi feito um acordo entre as empresas e os trabalhadores, e a greve foi encerrada. A paralisação afetou ao menos 2,7 milhões de passageiros.
“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz.
Em nota, a SPTrans destacou que ainda está em vigor uma decisão liminar da Justiça do Trabalho, do dia 31 de maio, que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A SPTrans afirmou que, com a decretação da nova greve, pediu o aumento do valor da multa na Justiça.