Silvetty Montilla é a drag queen mais engraçada do Brasil. Na semana da Parada Gay, ela chega a fazer 25 shows – sendo cinco por noite, o que inclui bate e volta para Sorocaba para, em suas palavras, “dar close” em uma boate de lá. Com língua rápida e afiada, ela faz de suas apresentações um show de humor: tira onda com a cara dos baladeiros, faz piada com as mulheres na pista de dança e se encarrega de formar casais.
Certa vez, na boate A Loca, um norueguês deu um beijo de língua em um estudante de medicina da Santa Casa. Silvetty ficou cho-ca-da com o chega mais – mas foi ela quem fez as vezes de cupido traduzindo frases erradas.
Nascida Silvio Cássio Bernardo há 49 anos, ganhava a vida como oficial de Justiça concursado. Mas largou tudo para ser drag queen. Fez bem. É dona de uma cobertura na Praça da República e de uma casa na Casa Verde, entre outras coisas. “Sou muito grata ao que tenho.” Silvetty vai entrar em cartaz com a peça É o que tem para Hoje no Teatro Folha, em julho, fazendo com que seu currículo e cofre fiquem cada vez maiores. Antes disso, porém, tem uma missão: encerrar a Parada Gay deste domingo (29) com a peça Encontro de Divas, no Vale do Anhangabaú. Bravo, Silvetty!