No início de agosto de 1954, cerca de 800 pessoas ouviam um discurso inflamado do político e jornalista Carlos Lacerda contra o governo Getúlio Vargas — no dia 24 daquele mês, pressionado pela oposição, o presidente daria um tiro no coração em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio.
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O cenário da fala de Lacerda foi o Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro. Fechado desde o início do ano, ele reabre na segunda (27) após passar por uma reforma de 500.000 reais patrocinada pela associação de ex-alunos.
“Queremos manter a reputação da instituição”, diz José Carlos Madia, líder do grupo de 12.000 filiados. A obra incluiu restauração da pintura e do piso, além de novos sistemas de som e imagem.
Não foi a primeira doação de antigos estudantes. Em 2008, o escritório de advocacia Pinheiro Neto investiu 700.000 reais em uma sala de aula com recursos audiovisuais, e a família do advogado Pedro Conde bancou a construção de um auditório por R$ 1,3 milhão.