Mais que despertarem desejos de consumo, exposições de carros constituem uma boa oportunidade para visualizar o que a indústria automobilística vislumbra para o futuro. Aberta ao público na última quarta, a 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que completa cinquenta anos, não foge à regra. Montada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em Santana, a feira reúne 42 montadoras. Dos 450 veículos expostos (cinquenta a mais que na última mostra, realizada em 2008), cerca de vinte podem ser considerados verdes. Eles possuem um motor convencional combinado a outro, movido a eletricidade. É o caso do Fusion Hybrid, lançamento da Ford, avaliado em 134 000 reais. Trata-se do segundo do gênero a ser comercializado no Brasil — o primeiro foi o Mercedes-Benz S 400 Hybrid, à venda por aqui desde julho por quase 430 000 reais. Ainda fora de produção e sem custo estimado, o Fine-S utiliza hidrogênio como combustível. É uma das apostas da Toyota para revolucionar a frota mundial e melhorar a qualidade do ar.
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Veículos beberrões também têm espaço garantido. O mais caro deles é o Bugatti Veyron 16.4 Grand Sport, capaz de atingir 407 quilômetros por hora e com preço estimado em 7,7 milhões de reais. A Ferrari apresenta o 599 GTO, seu modelo de rua mais veloz (chega a 335 quilômetros por hora), disponível por cerca de 2,4 milhões de reais. Um dos lançamentos da Audi é o R8 Spyder, cujo primeiro comprador brasileiro foi o rei Roberto Carlos. Ele desembolsou 785 000 reais por uma unidade vermelha, com previsão de entrega para 2011. Cerca de 625 000 pessoas são esperadas no Anhembi. De acordo com a Empresa de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (SPTuris), graças à exposição, a capital poderá receber nas próximas semanas 280 000 turistas, 47 000 deles estrangeiros. Os visitantes deverão desembolsar por aqui mais de 135 milhões de reais, o que faz do evento o quinto mais rentável da metrópole — no topo da lista está o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que trouxe 238 milhões de reais à cidade no ano passado.