Avatar do usuário logado
OLÁ,

Sala de alfabetização com mais de 30 alunos terá dois professores

Medida foi anunciada pelo secretário de educação, Rossieli Soares

Por Agência Brasil
Atualizado em 22 Maio 2024, 17h32 - Publicado em 10 fev 2022, 10h32
professora sentada em cadeira dentro de sala de aula e aluno de pé ao seu lado
Um dos itens levado em consideração para conceder bônus a docentes é não ter nenhuma falta em cinco meses de trabalho (Secretaria Municipal de Educação/Reprodução)
Continua após publicidade

As salas de aula do 1º ano do ensino fundamental da rede pública do estado de São Paulo que tiverem mais de 30 alunos vão ter dois professores. O anúncio foi feito na quarta (9), em entrevista coletiva, pelo secretário estadual da educação, Rossieli Soares.

A decisão foi tomada após a secretaria decidir colocar mais de 30 alunos por sala para tentar atender às crianças que não conseguiram ser matriculadas na rede pública e estão hoje em uma fila de espera.

+ João Doria promete sanar déficit de vagas em escolas até o próximo dia 20

“Nós temos algumas escolas em que o limite de módulo era de 30 alunos e passou a ter 33, por exemplo. Nestes casos, para atender e manter a qualidade, a secretaria pela primeira vez contratará professores extras. Essas turmas passarão a ter dois professores na sala de aula, trazendo a razão de acompanhamento pedagógico para um número muito mais benéfico ainda para os nossos estudantes”, disse Soares.

“Para apoiar a alfabetização nesses casos, por conta do aumento do módulo, vamos contratar um professor a mais para a sala de aula, passando essa turma a ter um suporte pedagógico ainda maior”, acrescentou.

Continua após a publicidade

+ SP anuncia 40 mil vagas de qualificação profissional para jovens

Segundo o secretário de Educação, se houver necessidade, o governo de São Paulo pode inclusive buscar novas vagas na rede particular. “Todas as medidas serão feitas e não deixaremos as crianças sem escolas. É uma demanda importante para essas crianças e não deixará de ser atendida. E, se for necessário, inclusive, ir atrás de vagas na rede privada para termos atendimento, nós faremos isso”, afirmou.

Impacto da pandemia

O Ministério Público estadual se reuniu com as secretarias de Educação estadual e municipal de São Paulo e com a Defensoria Pública para tratar a questão.

Segundo o governo, a demanda aumentou neste último ano por causa dos impactos da pandemia de Covid-19. Com a crise econômica causada pelo surto sanitário, muitos pais não conseguiram manter os custos da escola privada e passaram seus filhos para a rede pública.

Continua após a publicidade

Ao Ministério Público, o governo informou que já conseguiu atender parte das 5.040 crianças que estavam aguardando para serem matriculadas. Hoje, a fila de espera por uma vaga conta com 2.614 alunos. A previsão é que todos sejam atendidas até o dia 20 de fevereiro.

+ Doria diz que SP vai aplicar quarta dose contra Covid-19

“Aqui em São Paulo, nenhuma criança ficará fora da escola. Até 20 de fevereiro, todas as matrículas serão atendidas”, disse o governador de São Paulo, João Doria. “O governo do estado e a prefeitura se mobilizaram e estão viabilizando mais vagas para o atendimento pleno da demanda por matrículas na rede pública de ensino.”

Continua após a publicidade

Até esta quarta-feira, a rede pública estadual registrou 72.252 matrículas para o 1º ano do ensino fundamental na capital, com 6.586 alunos a mais que em 2021. Nas escolas públicas municipais, o atendimento passou para 49.428 crianças em 2022, o que equivale a 5.512 alunos do 1º ano a mais que no ano passado.

Publicidade