A partir deste domingo (5), os estabelecimentos comerciais de São Paulo não poderão fornecer sacolas plásticas comuns para carregar as compras. O novo modelo de embalagem deverá ser feito com matéria-prima renovável, considerada menos nociva ao meio ambiente, nas cores verde e cinza. A medida foi regulamentada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) em janeiro. Ah, sim, e elas não sairão de graça para o consumidor.
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De acordo com a lei, o cidadão deverá reutilizar os sacos verdes para o descarte de lixo reciclável, que é recolhido pelo Programa de Coleta Seletiva. Entre os materiais permitidos estão metal, papel, plástico e vidro. Já os cinza receberão lixo comum, como restos de comida e bitucas de cigarro.
O comerciante que desrespeitar a lei poderá receber uma multa de 500 a 2 milhões de reais, de acordo com a gravidade e o impacto do dano provocado ao meio ambiente. Já o cidadão que não cumprir as regras para reutilização das sacolinhas poderá receber advertência e, em caso de reincidência, pagar multa com valor entre 50 e 500 reais.
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A fiscalização dos mercados será feita por agentes do Departamento de Gestão Descentralizada (DGD) da Secretaria Municipal do Verde do Meio Ambiente, com base em denúncias encaminhadas via SAC e pela central 156.
Vale a pena pagar?
Desde que as discussões e o vai-e-vem sobre as leis de sacolinhas começaram, as ecobags (sacolas duráveis) se espalharam. Mas, para quem tem o hábito de usar o produto para descarte de resíduos em casa, esse preço compensa? Em geral, a resposta é sim (sacos de lixo não são baratos, como sabe todo mundo acostumado a passar pela caixa registradora). No delivery do Pão de Açúcar, por exemplo, o pacote de cem sacos para pia e banheiro EmbaLixo (38 cm X 40 cm) sai por 18,24 reais, ou seja, pouco mais de 18 centavos a unidade. A rede, porém, está cobrando em média 8 centavos por sacolinha, preço adotado por boa parte dos concorrentes.