A partir de agosto, o governo estadual começará a usar a água do volume morto de outro sistema hídrico que abastece a capital: o Alto Tietê. O local fornece o líquido para mais de 3 milhões de moradores da Zona Leste da capital. Isso acontece porque, a exemplo do Sistema Cantareira, o Alto Tietê também começa a entrar em colapso e só tem 22% de sua capacidade de 520 bilhões de litros.
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O sistema é formado por cinco represas: Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba. De acordo com a Sabesp, serão retirados 10 bilhões de litros do volume morto da Biritiba-Mirim e outros 15 bilhões de litros da represa Jundiaí, totalizando 25 bilhões de litros.
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Mais água do Cantareira
Além disso, o governo pediu autorização à Agência Nacional de Águas (ANA) para captar mais 100 bilhões de litros do volume morto do Sistema Cantareira, que já está sendo usado desde 15 de maio. A ideia inicial era captar 182 bilhões de litros, mas essa quantidade não será suficiente para o abastecimento.
Ao todo, o Sistema Cantareira tem 981 bilhões de litros – 480 bilhões ficam abaixo do nível normal de captação, por isso chamado de volume morto ou reserva técnica. Até agora, a Sabesp já utilizou 59,5 bilhões de litros desse reservatório. A estimativa é que essa água acabe entre o final de outubro e o início de novembro.
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Migração entre sistemas
Até o começo de 2014, cerca de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo eram atendidas pelo Sistema Cantareira. Com a seca, 1,6 milhão de moradores passaram a ser abastecidos pelas represas do Alto Tietê e da Guarapiranga.