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Taças portuguesas

Saiba onde apreciar alguns dos melhores vinhos lusos em São Paulo

Por Patricia Moterani
Atualizado em 1 jun 2017, 18h12 - Publicado em 29 jun 2012, 17h02
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  • Primeiro país no mundo a ter zona demarcada de vinho, Portugal não se prende apenas ao passado. Em seu território há enólogos e experts arrojados na arte de combinar uvas e promover revoluções de sabor. Ao mesmo tempo em que os clássicos rótulos do Porto não saem de moda, novas invenções começam a envelhecer nos barris. É o caso das recentes criações do jovem enólogo Tiago Cabaço, o mais jovem produtor a receber o prêmio Talha de Ouro, da Confraria de Enófilos do Alentejo – que se destacam principalmente pela mistura de castas. “Essa diversidade aliada ao custo-benefício dos vinhos nos torna um dos principais exportadores”, diz Nuno Vale, diretor de marketing da Vinhos de Portugal, associação que promove as garrafas lusas ao redor do mundo.

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    O Brasil é um mercado importante, já que fora do território europeu tem o posto de segundo comprador em volume de garrafas – fica atrás apenas de Angola. “Em 2011, aumentamos nossa presença no país em 14% em relação a 2010 e a previsão para 2012 também é crescente”, afirma Vale. Além da capacidade de renovação, outro fator contribui para manter os números altos. Segundo o especialista, isso também deve-se ao interesse do brasileiro não só em consumir vinho, mas também em aprender sobre o assunto. “Ao adquirir conhecimento, são naturalmente levados aos rótulos portugueses, que têm história e memória”.

    Os melhores vinhos – como os icônicos tintos Barca-Velha e Pêra-Manca, o branco Soalheiro Alvarinho ou o Porto Tawny 40 anos – se destacam nas cartas dos principais restaurantes portugueses da cidade. VEJA SÃO PAULO listou estes e outros rótulos, que além de bons não chegam a custar uma fortuna, e propõe pratos para harmonizar com eles:

    CRASTO SUPERIOR
    Produtor
    : Quinta do Crasto

    Região: Douro

    Safra: 2008

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    Tipo: tinto

    Uvas: touriga nacional, touriga franca, souzão e vinhas velhas

    Teor alcoólico: 14%

    Por que é bom: De médio corpo e acidez equilibrada, revela-se mineral no paladar, característica pelo solo da região onde é produzido. Tem aroma de frutas vermelhas e especiarias.

    Onde pedir: Tasca da Esquina

    Sugestão para harmonizar: bacalhau ao forno com batata (R$ 78,00)

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    Preço: R$ 125,00 (750 ml)

    Quinta de Santa MariaSugestão para harmonizar: perna de cabrito (R$ 165,00)

    Preço: R$ 109,00 (750 ml)

    SPLENDIDUS
    Produtor:
    Paulo Laureano Vinus

    Região: Alentejo

    Safra: 2009

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    Tipo: tinto

    Uvas: trincadeira, aragonês e alicante bouschet

    Teor alcoólico: 14%

    Por que é bom: foi desenvolvido especialmente para a Tasca da Esquina e sua produção é limitada – apenas 3 000 garrafas por ano, vendidas somente no restaurante. Vem de uma região ensolarada, do Alentejo, é frutado, macio e tem aroma de especiarias. A uva alicante bouschet merece ser destacada: ela é de uma casta francesa que se desenvolveu muito nessa região portuguesa.

    Onde pedir: Tasca da EsquinaSugestão para harmonizar: carré de cordeiro com mandioquinha fria e chutney de banana (R$ 82,00)

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    Preço: R$ 115,00 (R$ 750 ml)

    SOALHEIRO ALVARINHO
    Produtor:
    Quinta de Soalheiro

    Região: Minho

    Safra: 2010

    Tipo: branco

    Uvas: alvarinho

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    Teor alcoólico: 11%

    Por que é bom: um vinho verde seco de acidez equilibrada e com ligeira adstringência – essa combinação causa uma sensação de discreta aspereza, ideal para enfrentar a gordura de alguns pratos.

    Onde pedir: AntiquariusSugestão do chef para harmonizar: bacalhau à lagareiro (R$ 156,00), regado com azeite em abundância e um toque de sal

    Preço: R$ 148,00 (750 ml)

    Tasca da Esquina
    Sugestão para harmonizar:
    atum corado com batata-doce (R$ 68,00)

    Preço: R$ 150,00 (750 ml)

    vinhos2-cortes de cima-aveleda-esporão quatro castas
    vinhos2-cortes de cima-aveleda-esporão quatro castas ()

    CORTES DE CIMA
    Produtor:
    Cortes de Cima

    Região: Alentejo

    Safra: 2008

    Tipo: tinto

    Uvas: trincadeira, aragonês, syrah, touriga nacional

    Teor alcoólico: 14%

    Por que é bom: de médio corpo, mostra-se frutado e bem equilibrado. No paladar, destaca-se pelo retrogosto prolongado – sabor que fica na boca após a desgustação. Por isso, combina com pratos regados a molhos fortes.

    Onde pedir:AntiquariusSugestão para harmonizar: filé-mignon à portuguesa, filé-mignon ao molho do chef ou filé-mignon antiquarius (R$ 93,00 cada)

    Preço: R$ 170,00 (750 ml)

    AVELEDA FOLLIES ALVARINHO
    Produtor:
    Aveleda

    Safra: 2010

    Tipo: branco

    Região: Vinhos Verdes

    Uvas: alvarinho

    Teor alcoólico: 12,5%

    Por que é bom: este vinho verde tem notável acidez, caraterística que lhe confere estrutura e frescor. É também frutado, macio e apresenta aroma de flores, que acentuam notas de elegância. Acompanha bem pratos de frutos do mar como o polvo. Sua produção leva a assinatura do enólogo francês Denis Dubourdieu, professor de enologia da Universidade de Bordeaux e um dos mais especialistas em brancos no mundo.

    Onde pedir:Bacalhoeiro

    Sugestão para harmonizar: polvo à lagareiro (R$ 120,00)

    Preço: R$ 110,00 (750 ml)

    QUATRO CASTAS
    Produtor:
    Herdade do Esporão

    Safra: 2009

    Tipo: tinto

    Região: Alentejo

    Uvas: aragonês, alicante bouschet, touriga franca e touriga nacional

    Teor alcoólico: 13,5%

    Por que é bom: de médio corpo e com grande quantidade de frutas no aroma e no paladar, é delicado e de boa densidade. Como se trata de uma bebida de grande equilíbrio, acompanha bem peixes como o bacalhau, sem sobrepor ao sabor do pescado.

    Onde pedir: BacalhoeiroSugestão para harmonizar: posta de bacalhau assada (R$ 110,00)

    Preço: R$ 110,00 (750 ml)

    vinhos3 tapa de colheiros berardo porto
    vinhos3 tapa de colheiros berardo porto ()

    TAPADA DE COELHEIROS

    Produtor: Herdade dos Coelheiros

    Safra: 2007

    Tipo: tinto

    Região: Alentejo

    Uvas: cabernet sauvignon, aragonês e trincadeira

    Teor alcoólico: 13,5%

    Por que é bom: tem boa capacidade de envelhecimento e composição rica, com complexidade aromática, apresentando no olfato notas de múltiplas especiarias, ervas e grãos torrados – pimentas do reino e da jamaica, tomilho, alecrim e café.

    Onde pedir: Bacalhoeiro

    Sugestão para harmonizar: paleta de cordeiro assada (R$ 80,00)

    Preço: R$ 260,00 (750 ml)

    BERARDO RESERVA FAMILIAR
    Produtor:
    Bacalhôa Vinhos de Portugal

    Região: Península de Setubal

    Safra: 2007

    Tipo: tinto

    Uvas: touriga nacional e cabernet sauvignon

    Teor alcoólico: 14%

    Por que é bom: top da vinícola, só sai nas melhores safras. Encorpado e com grande quantidade de fruta vermelhas e escuras no paladar e no olfato, recomenda-se decantá-lo com pelos menos meia hora de antecedência. Faz boa parceria com pratos condimentados.

    Onde pedir: A Bela SintraSugestão para harmonizar: picadinho de filé-mignon à copacabana (R$ 87,00)

    Preço: R$ 2 040,00 (magnum)

    PORTO TAWNY 40 ANOS
    Produtor:
    Taylor’s

    Região: Douro

    Tipo: tinto

    Uvas: touriga nacional, touriga franca e tinta roriz, entre outras

    Teor alcoólico: 20%

    Por que é bom: a complexa composição combina harmoniosamente blends de diversas safras. Por isso, não é possível dizer com exatidão quais são as uvas que o compõe. Como tem boa capacidade de envelhecimento, é um vinho delicado, que acompanha bem doces de ovos e queijos.

    Onde pedir:

    A Bela SintraSugestão para harmonizar na sobremesa: toucinho do céu (R$ 26,00)

    Preço: R$ 205,00 (cálice de 100 ml)

    vinhos4- pêra-manca - barca velha - peceguina
    vinhos4- pêra-manca – barca velha – peceguina ()

    PÊRA-MANCA
    Produtor:
    Fundação Eugénio de Almeida

    Região: Alentejo

    Safra: 2007

    Tipo: tinto

    Uvas: aragonês e trincadeira

    Teor alcoólico: 14%

    Por que é bom: mais importante vinho da região do Alentejo, só tem produção em anos de colheitas excepcionais. É encorpado, tem taninos presentes (o que dá certa aspereza), e boa acidez, o que possibilita servi-lo com bacalhau.

    Onde pedir: A Bela Sintra

    Sugestão para harmonizar: bacalhau à lagareiro (R$ 146,00)

    Preço: R$ 1 400,00 (750 ml)

    BARCA-VELHA
    Produtor:
    Casa Ferreirinha

    Região: Douro

    Safra: 2000

    Tipo: tinto

    Uvas: touriga franca, touriga nacional, tinta roriz e tinta cão

    Teor alcoólico: 13,5%

    Por que é bom: ícone maior da vitivinicultura portuguesa, é encorpado e intenso. Por isso, recomenda-se decantá-lo uma hora antes de servir. Na boca, tem grande persistência de sabor, revelando notas de especiarias. Combina com caças e pratos condimentados.

    Onde pedir: A Bela SintraSugestão para harmonizar: arroz de pato à moda da casa (R$ 85,00)

    Preço: R$ 2 400,00 (magnum)

    MONTE DA PECEGUINA
    Produtor:
    Herdade da Malhadinha Nova

    Região: Alentejo

    Safra: 2009

    Tipo: tinto

    Uvas: aragonês, alicante bouschet, touriga nacional, syrah e cabernet sauvignon

    Teor alcoólico: 15%

    Por que é bom: passa sete meses em barrica de carvalho antes de ser comercializado, o que lhe dá um toque amadeirado. A casta francesa syrah é responsável por deixá-lo encorpado e a touriga nacional confere uma cor viva. Fique atento: tem alto teor alcoólico.

    Onde pedir: Quinta de Santa Maria

    Sugestão para harmonizar: arroz de pato (R$ 65,00)

    Preço: R$ 115,00 (750 ml)

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