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Restaurant Week volta a SP sem Lei de Gerson

Organização promete fiscalizar estabelecimentos para evitar menus com saladinha de entrada e frutas para a sobremesa

Por Daniel Ottaiano
Atualizado em 14 Maio 2024, 12h06 - Publicado em 11 ago 2011, 19h53
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  • Na década de 70, em um comercial para uma marca de cigarros, o ex-jogador de futebol Gerson afirmava: “Gosto de levar vantagem em tudo”. Estava consagrada a famosa Lei de Gerson, expressão que virou sinônimo do que seria a malandragem típica brasileira, vício de comportamento que o empresário Emerson Silveira, organizador do São Paulo Restaurant Week, pretende proibir entre os estabelecimentos participantes da nona edição do evento.


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    A preocupação é justificável. Nos anos anteriores, sobraram críticas a casas que serviam a fatídica saladinha de entrada e frutas para a sobremesa. Desta vez, no festival programado para acontecer entre os dias 5 a 18 de setembro, a organização tenta impedir esse tipo de menu para evitar que clientes caiam em roubadas.

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    “Agora, todos os cardápios nos são enviados para análise. Existe uma regra básica, que enviamos com o convite: está escrito no formulário que não pode haver saladinha com frango de entrada e fruta de sobremesa. Sou absolutamente contra a Lei de Gerson”, afirma Silveira.

    O cuidado, aliado à alta nos preços dos alimentos, também serve de explicação para o aumento de 10% no valor fixo do jantar, que passou de R$ 39,90 na edição de abril passado para R$ 43,90. Segundo o organizador do evento, a ideia é diferenciar o almoço da refeição noturna, para evitar que restaurantes sirvam o mesmo cardápio nos dois horários, apenas com valores diferentes, como já ocorreu em outros anos.

    Para o almoço, os preços subiram 6,68% (de R$ 29,90 para R$ 31,90), um pouco abaixo dos 6,87% de inflação acumulada nos últimos doze meses, segundo o IPCA de julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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    O São Paulo Restaurant Week terá em torno de 230 participantes, dos quais cerca de 80% são de casas que já estiveram em edições anteriores e são consideradas pela organização como as “que fazem o trabalho direito”. Há espaço também para novidades, como o AK Vila e o Oryza.

    Os cardápios ainda não foram divulgados. Resta aos comensais esperar que a promessa de um evento mais gastronomicamente justo seja cumprida.

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