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Renato Kalil: mulheres acusam médico de abuso sexual e assédio moral

Ele nega as acusações e diz que "repudia veementemente os relatos mentirosos que aludem a atos de conotação sexual"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h01 - Publicado em 20 dez 2021, 13h37
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Renato Kalil foi acusado de abuso sexual e assédio moral. (Reprodução/Reprodução)
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Na última semana, surgiram novas denúncias de violência contra o médico obstetra Renato Kalil. As ex-pacientes alegam ter sofrido abuso sexual e assédio moral do ginecologista, durante partos e em consultas. Os relatos foram feitos ao programa Fantástico, da TV Globo. Ex-funcionárias e pessoas que trabalharam com o médico no mesmo ambiente também falaram sobre o comportamento com as pacientes.

As primeiras acusações aconteceram na sexta-feira (10), quando áudios da influenciadora digital Shantal Verdelho em que ela fala sobre o parto de sua filha, Domênica, ocorrido em setembro deste ano, vazaram na internet. Neles, Shantal acusa o médico de violência obstétrica, em que ele teria usado palavrões contra ela durante o parto e exposto sua intimidade para o marido e terceiros.

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Após Shantal, a jornalista britânica Samantha Pearson disse que Kalil a assediou moralmente ao sugerir que ela precisava emagrecer, caso contrário o marido dela a trairia. Após essa consulta, ela não voltou mais ao consultório do médico. 

Em novas denúncias, uma outra mulher, que falou com o Fantástico, contou que foi a uma consulta com Kalil após indicações de uma pessoa próxima, há cinco anos. No consultório, o ginecologista disse que ela tinha “um corpo muito bonito” e perguntou sobre a vida sexual dela.

“[Perguntou] se eu tinha relação sexual com mulheres, e eu falei que sim e que eu sou bissexual. Aí ele começou num papo de falar de uma fantasia que ele tinha. E eu comecei a me sentir muito constrangida”, ela diz.

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Outra paciente, que preferiu não se identificar, acusa Kalil de gordofobia e quebra de sigilo. Segundo ela, o médico chegou a comentar sobre outras pacientes com ela, citando inclusive nomes de famosas. “Eu sei de histórias de artistas, de blogueiras. Ele é muito antiético”, explicou.

Já uma ex-funcionária diz ter sido abusada sexualmente pelo médico na casa dele. Segundo ela, Renato Kalil pedia que “ela o tocasse” e forçou relações sexuais. Esses momentos foram definidos por ela como “a coisa mais difícil da minha vida”. “Para mim ele é um doente”, disse.

O ginecologista também foi acusado de abuso sexual, cometido em 1991, por uma ex-paciente, Letícia Domingues, hoje com 48 anos. A mulher tinha medo de denunciá-lo até ver as acusações feitas por Shantal e Samantha. Os relatos a encorajaram a falar publicamente e a prestar queixa dos supostos abusos sofridos durante um procedimento ginecológico na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A paciente alegou ter acordado com o médico em cima dela, sem ter forças para falar ou gritar.

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“Desde o primeiro dia eu estava deitada, sonolenta. Eu acordei com ele em cima de mim, com o pênis dele na minha boca. A minha camisola estava aberta e com a outra mão ele passava no meu peito. Ele acabou ejaculando na minha cara”, disse.

A mulher ainda alegou que demorou muito para falar sobre o ocorrido por medo. “Fui expor para meus amigos e para pessoas mais próximas em 2009”, completou.

Na última terça (14), o Ministério Público de São Paulo pediu uma investigação contra Renato Kalil e as denúncias estão sendo apuradas pela promotoria de violência doméstica, que instaurou um procedimento investigatório criminal.

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O que diz Renato Kalil

Em nota, a assessoria de Renato Kalil negou as acusações e afirmou que o médico ” jamais recebeu nenhum tipo de reclamação no CRM ou em qualquer hospital” e também “jamais teve a intenção de ofender ou magoar qualquer pessoa, em especial suas pacientes”.

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A assessoria ainda ressaltou que Kalil “repudia veementemente os relatos mentirosos que aludem a atos de conotação sexual” e que “está à disposição das autoridades e colaborará com todas as investigações para demonstrar sua inocência”.

No comunicado, consta ainda que o médico “tomará também as medidas judiciais cabíveis para contra qualquer um que faça acusações caluniosas”.

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