A Justiça de Diadema aceitou nesta sexta-feira (16) a denúncia do Ministério Público de São Paulo feita contra Renato Cariani, suspeito por tráfico de drogas. O influenciador é acusado de usar uma empresa para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas e desviar insumos para fabricação de crack e cocaína. De acordo com a investigação, os insumos abasteceriam uma rede de tráfico internacional comandada por facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além de Renato, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes também se tornaram réus por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Os cinco acusados têm um prazo de 10 dias para apresentarem suas defesas, e devem entregar os passaportes em até 24h, como medida cautelar.
Produtor de conteúdo sobre musculação, alimentação e emagrecimento, Cariani tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e é um dos mais conhecidos influenciadores fitness do país. Ele é sócio, com Roseli — também indiciada pela Polícia Federal — , da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda, empresa que vende produtos químicos em Diadema.
Segundo a investigação, em seis anos, de 2014 a 2020, foram desviadas cerca de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol, substâncias usadas por criminosos para transformar a pasta base de cocaína em pó e em pedras de crack. A quantidade desviada seria suficiente para produzir mais 19 toneladas de crack e de cocaína prontas para consumo, segundo a Polícia Federal.
De acordo com o Ministério Público, o grupo teria dissimulado “os valores provenientes dos crimes de tráfico de drogas acima noticiados, por meio de depósitos em espécie realizados por interpostas pessoas, convertendo em ativo lícito o montante aproximado de 2.407.216 reais”.
O influenciador ainda não se manifestou sobre o caso. A Vejinha entrou em contato com sua assessoria de imprensa e aguarda posicionamento.