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OLÁ,

Rede descarta apoiar Dilma Rousseff no segundo turno

Entretanto, grupo de Marina Silva ainda não decidiu se aliar a Aécio Neves na disputa presidencial

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h00 - Publicado em 8 out 2014, 09h23

Marina Silva, que ficou em terceiro na disputa presidencial, encontra dificuldades de convencer a Rede Sustentabilidade de apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves. Apesar da cúpula do seu projeto de partido já ter decidido que esse seria o melhor caminho, dado o cenário atual, a base da Rede, em grande parte formada por pessoas mais jovens, ainda resiste em se aliar ao PSDB. Em reunião da Executiva Nacional na noite de terça-feira (7), que durou mais de quatro horas, o único consenso a que conseguiram chegar é que não há como apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

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“A posição é pela não continuidade do atual governo. Nós queremos uma mudança, mas uma mudança qualificada, com conteúdo, com substância”, disse o deputado licenciado Walter Feldman, que coordenou a campanha e é porta-voz nacional da Rede.

Feldman disse também que neutralidade não é uma opção, pois o grupo entende que a alternância de poder é algo fundamental à democracia e que o PT deu golpes muito duros ao atacar Marina durante a campanha e ao evitar a criação formal da Rede Sustentabilidade, no ano passado. “Não podemos deixar em aberto também, como se querer o PT fosse uma opção. Temos que tirar uma posição”, afirmou.

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Se, para quem olha de fora do grupo, rejeitar Dilma e descartar a opção de neutralidade seriam uma indicação evidente em direção ao apoio a Aécio, essa visão não foi aceita ainda na reunião da Executiva de terça-feira.

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Feldman admitiu que ainda existe uma resistência forte à menção direta ao tucano, tanto que não foi possível colocar o nome de Aécio no documento indicativo que será levado da Executiva, composta por 24 membros, para o Diretório Nacional da Rede, de 120 membros, na reunião desta quarta-feira (8) à noite. “A decisão não está madura para isso”, avaliou Feldman.

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Além da Rede, os demais partidos que compuseram a coligação de Marina no primeiro turno também tiram suas posições individuais nesta quarta-feira para levar a uma reunião das lideranças da coligação nesta quinta-feira (9).

Os principais argumentos de resistência ao tucano são a consideração de que o partido não sinaliza avanços na área social e o argumento de que os tucanos, assim como os petistas, trabalharam para desconstruir a imagem de Marina durante a campanha. Além da questão central de a coligação de Marina e a própria Rede terem se fundado no conceito de terceira via, contra a polarização tradicional de PT e PSDB.

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Nos bastidores, membros da Rede ligados à cúpula marineira admitem que a demora em haver uma definição mais clara se deve aos processos internos de decisão – o grupo trabalha com o conceito de consenso progressivo, em que se chega às decisões por convencimento em torno de ideias e não por votação tradicional, mas que a tendência é a Rede acabar seguindo Marina no apoio ao tucano. “Há toda uma ‘ritualística’, mas é apenas uma questão de tempo o apoio ao Aécio”, disse um membro da Executiva. (Estadão Conteúdo)

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