A Prefeitura de São Paulo pode deixar para fevereiro do ano que vem a decisão sobre o aumento da tarifa de ônibus na capital. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta quinta-feira, 23, ele pretende adiar o prazo para que o tema seja discutido com as secretarias municipais de Governo e da Fazenda, além de representantes das esferas estadual e federal. As informações são do jornal Estadão.
Na véspera, a SPTrans, órgão da Prefeitura, propôs que a passagem de ônibus passe a custar até R$ 5,10, para compensar perdas com a inflação. Para o aumento de R$ 0,70 ser implementado nesta data, entretanto, a Prefeitura precisa enviar um ofício à Câmara até o próximo sábado, 25.
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Em nota, a administração municipal afirma que “está fazendo um esforço para não aumentar a tarifa, aguardando, inclusive, uma definição de subsídio do governo federal”. A estratégia tem sido articulada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) desde novembro, em reunião na qual foi decidido pedir que o presidente Jair Bolsonaro banque parte da conta do transporte, especialmente a que diz respeito à gratuidade concedida a idosos com 65 anos ou mais e à variação do diesel que, desde janeiro, já acumula alta de 60%.
Segundo a Prefeitura, apenas a gratuidade dos idosos no transporte custa cerca de R$ 450 milhões por ano aos cofres municipais. Nunes também admitiu que tem conversado com Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal, sobre a votação de um projeto de lei que obrigue o governo federal a repassar os valores relativos à gratuidade.
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A proposta da SPTrans foi encaminhada ao prefeito na última quarta-feira, 22. O aumento indicado pela empresa foi calculado com base na inflação (IPCA) para os últimos 24 meses, o que resulta em um valor de R$ 5,08, que poderia ser arredondado para mais ou menos.
A empresa, controlada pela Prefeitura, afirmou que o custo total por passageiro é de R$ 8,71, divididos entre R$ 7,96 para operação (frota, mão de obra, combustível e outros) e R$ 0,74 em infraestrutura (terminais de ônibus, por exemplo).