Bruno Covas, prefeito de São Paulo, autorizou nesta quinta-feira (17) a retomada das aulas presenciais em universidades a partir do dia 7 de outubro. Atividades de reforço para os ensinos infantil, fundamental e médio também poderão ocorrer a partir da data. A definição sobre a volta das aulas presenciais regulares, no entanto, só será divulgada em novembro.
“Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo. E em relação aos alunos de 0 a 17 anos, de responsabilidade do município, estado e rede privada, vamos liberar a partir de 7 de outubro as atividades extracurriculares”, disse Covas.
A prefeitura afirmou que irá continuar a realizar os inquéritos tanto de adultos quanto de crianças para poder avaliar se irá manter essa mesma linha ou se irá mudar de posição a partir de 3 de novembro.
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Em resumo, o Ensino Superior terá o retorno presencial liberado em outubro. Já o Ensino Médio, Ensino Fundamental e o Ensino Infantil serão liberados apenas para atividades de reforço no mesmo mês.
Os anúncios foram feitos durante uma coletiva virtual da gestão municipal para divulgar dados da nova etapa do inquérito sorológico feito em estudantes da rede pública e privada. De acordo com esse levantamento, mais de 244 mil alunos das redes pública e privada já tiveram contato com a Covid-19 na capital paulista e 66% são assintomáticos. A terceira fase do inquérito sorológico entre crianças e adolescentes indicou que 16,5% dos estudantes possuem anticorpos contra a doença.
Pelo cronograma de reabertura do governo estadual, a retomada das aulas presenciais está prevista para o dia 7 de outubro. A condição é que 80% da população do estado esteja na fase amarela do Plano São Paulo por 28 dias.
No estado, as escolas tiveram autorização para permitir o retorno aulas extra-curriculares, acolhimento e educação física no dia 8 de setembro. No entanto as prefeituras têm autonomia para decidir quando e se irão reabrir. Já na capital, Covas vetou a reabertura na data após resultado do inquérito sorológico realizado em agosto em crianças e adolescentes. Na pesquisa, foi apontado que 64% dos infectados desses jovens foram assintomáticos.
População é contrária ao retorno
81% dos moradores da capital são contrários ao retorno das aulas presenciais na cidade de acordo com pesquisa. O documento foi divulgado na ultima quinta (10) pela Rede Nossa São Paulo.
Nesta quarta (16), o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo divulgou uma nota pública afirmando que considera precipitado o retorno às atividades presenciais nas escolas levando em conta os dados atuais sobre a Covid-19 e os riscos à saúde dos alunos e funcionários educadores.
Os sindicatos que representam os servidores da educação tem medo dos riscos da reabertura neste momento. Por outro lado, as entidades que representam as instituições privadas cobram a liberação para retomada e dizem que a rede particular já está em condições de atender os estudantes.
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