Quando as atrações do Lollapalooza foram anunciadas, Perry Farrell – líder do Jane’s Addiction e criador do festival – afirmou que O Rappa era banda brasileira mais aguardada por ele. Ainda fez elogios à aparência do cantor Falcão, chamando-o de sexy. “Agradeço, mas sou melhor no palco”, disse o vocalista em conversa com VEJA SÃO PAULO.
Marcado para as 16h, o show do Rappa começou pontualmente. Os problemas de som e o sol forte poderiam ter afetado o desempenho da banda, mas a ótima energia dos rapazes fez com que eles saíssem do palco ovacionados pelo público.
Após um hiato de dois anos, o grupo retomou as atividades no fim do ano passado. Sem dúvida, isso contribuiu para a animação dos fãs presentes no festival. Assim que entrou em cena, Falcão saudou a plateia e iniciou uma apresentação cheia de discursos. Além das faixas de carga contestadora, lia-se na camiseta do carioca: “faça crescer o seu próprio futuro”. Muito aplaudido pelo público, o cantor ainda gritou em um momento de protesto: “A cor de nossa pele não é nada se compararmos os corações”.
Durante a uma hora de show, O Rappa aproveitou para relembrar as principais músicas da carreira. Foram tocadas: “Reza Vela”, “Rodo Cotidiano”, “Pescador de Ilusões” e “Me Deixa”. O espetáculo foi enriquecido por um sexteto de cordas composto por quatro violinistas e duas violoncelistas. O conjunto feminino se fez presente a partir da música “O Salto” e ficou até o fim. Para fechar com tudo, Falcão pulou na galera.