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Quem é Ricardo Nunes, que assume a prefeitura de São Paulo

Durante campanha, vice-prefeito disse à Vejinha que não via possibilidade de assumir a gestão nos próximos quatro anos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 Maio 2021, 14h50
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  • Ricardo Nunes (MDB) assumiu a prefeitura de São Paulo após Bruno Covas (PSDB) se licenciar do cargo para cuidar da saúde no último final de semana. O período deve durar ao menos 30 dias. Nesta segunda-feira (3), o tucano apresentou sangramento no estômago e precisou ser intubado na UTI do hospital Sírio Libanês: seu quadro de saúde é considerado grave.

    Nunes, agora o prefeito em exercício, tem 53 anos de idade e foi vereador na Câmara Municipal por dois mandatos, tendo sido eleito pela primeira vez em 2012. Com base eleitoral na Zona Sul, Nunes é empresário e fundador de uma empresa de dedetizações.

    Durante a campanha para a prefeitura de 2020, o jornal Folha de S.Paulo revelou que em 2011 a esposa do vereador, Regina Carnovale, registrou um boletim de ocorrência relatando supostas ameaças e agressões de Nunes: após o episódio, ele e a mulher afirmaram que o caso ocorreu durante uma “fase muito difícil” e negaram a ocorrência de agressões.

    O anúncio de Nunes como vice na chapa de Bruno Covas veio após desistência de outro possível postulante ao cargo, o apresentador Jose Luis Datena, da Band. Este último, inclusive, chegou a se declarar pré-candidato, mas acabou desistindo da cabeça de chapa (e da segunda opção).

    A Vejinha publicou uma reportagem de capa sobre a trajetória dos candidatos a vice durante as eleições de 2020. O ex-vereador ganhou notoriedade na Câmara ao presidir a Comissão Parlamentar da Sonegação Tributária, responsável por multas bilionárias a grandes bancos. Na mesma época, Nunes precisou se explicar sobre denúncias de supostos favorecimentos a uma ONG da Zona Sul da qual ele fez parte.

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    “A denúncia anônima, feita na época da CPI da Sonegação, diz que eu aprovei duas leis de isenção fiscal para beneficiar a Sobei, uma entidade da qual eu participo há vinte anos. As leis realmente foram criadas, mas a ONG, por ter imunidade tributária, não precisava ser contemplada pela legislação”, disse sobre o caso da ONG.

    Ele era o único dos candidatos a vice que não possuía curso superior. “Fiz direito na FMU, mas como na época tive dificuldades para pagar, não consegui concluir”, afirmou.

    Durante a entrevista, Nunes descartou que poderia assumir a prefeitura, em um momento em que a saúde de Bruno Covas era considerada estável. “Não vejo possibilidade de assumir a prefeitura nos próximos quatro anos.” Relembre aqui.

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    INTERNAÇÃO E AFASTAMENTO DE COVAS

    Bruno Covas luta contra um câncer desde 2019, quando foi diagnosticado com tumores no trato digestivo. Em abril a equipe médica do prefeito descobriu novos focos de câncer nos ossos e no fígado do político. Com o surgimento de novos focos da doença, Covas ficou internado para uma nova etapa do tratamento e chegou a receber alta. Até então ele continuava despachando, mesmo do hospital. A saúde do tucano se agravou na última semana. Covas apresentou um quadro de sangramento no estômago: exames demonstraram que o episódio foi causado por uma úlcera.

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