A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, uma das mais tradicionais instituições de ensino superior da cidade, demitiu 50 professores nesta quarta-feira (17), véspera do início das férias e do recesso coletivo. O número representa 3% do total de docentes da instituição.
Em nota oficial, a universidade informou que o “ajuste na folha de pagamento faz parte de medidas para que em 2015 a PUC-SP invista mais em pesquisa e infraestrutura”.
De acordo com o professor João Batista Teixeira da Silva, presidente da Apropuc, muitos colegas foram informados por telegrama que não faziam mais parte do quadro do centro de ensino.
Teixeira da Silva diz ainda que alguns dos demitidos estavam na casa havia mais de 20 anos e possuíam doutorado. “Não sabemos quais critérios foram usados para as demissões. Mas foi algo vertical, de cima para baixo, como tem sido comum na instituição nos últimos anos. Nada mais é debatido com a comunidade acadêmica.”
A Apropuc deve encaminhar à reitora Anna Cintra um pedido para reconsiderar as demissões. “Não podemos observar de braços cruzados uma violência desse tipo”, afirmou o presidente da associação.
A PUC, que é ligada à Arquidiocese de São Paulo, enfrentou a pior crise financeira de sua história entre os anos de 2005 e 2006, quando suas dívidas com bancos ultrapassavam 100 milhões de reais. À época, cerca de 400 professores e 100 funcionários administrativos perderam seus empregos.